Yarley Soares

Yarley Soares

22 de setembro de 2021

O Google me Escuta? | Verdade Nua e Crua

A privacidade na internet é um tema que está cada vez mais em pauta, tendo em vista que as pessoas começaram a perceber que o seu comportamento fora das mídias também influencia na forma como as mesmas se comportam.

Você já passou pelo caso onde você está conversando com um amigo ou alguém próximo sobre determinado assunto e, pouco tempo depois, visualizou anúncios sobre o mesmo tema no Facebook, Instagram ou Google?

Será que as plataformas estão escutando o que você fala através do seu smartphone o tempo todo? Ou seria essa uma coincidência, onde você já havia pesquisado sobre o tema, mas acabou não recordando desse fato?

É fato que essa discussão já tem se tornado muito popular, com diversas pessoas fazendo testes para verificar se isso é verdade ou não e nós estamos aqui para esclarecer isso para você.

Se você está curioso pra saber se o Google escuta os seus usuários a todo momento e utiliza esses dados para personalizar os seus anúncios, siga a leitura e confira.

Como funcionam as ferramentas de anúncios?

Antes de falarmos sobre a polêmica que envolve a dúvida se o Google escuta ou não os seus usuários, precisamos relembrar sobre o funcionamento das ferramentas de anúncios, tanto do Google quanto do Facebook.

Entendendo o seu funcionamento, conseguiremos entender em que momento cada uma delas pode atuar e de que forma elas podem mostrar anúncios com base no que falamos, caso elas efetivamente nos escutem o tempo todo.

Ferramenta de anúncios do Google

Primeiro, vamos entender sobre o Google Ads, a ferramenta de anúncios do Google e do Youtube, que possui um número muito grande de anunciantes e está presente na internet como um todo.

Basicamente, os anúncios do Google podem aparecer em 3 canais diferentes:

  • Página de resultados de busca do Google;
  • Youtube;
  • Sites parceiros do Google.

Enquanto na página de resultados nós podemos encontrar anúncios de pesquisa, de Google Shopping e no Google Imagens, no Youtube são encontrados anúncios de vídeo, de texto e de imagem.

Por último, nos sites parceiros do Google, a predominância está nos anúncios por imagem, que geralmente aparecem nas laterais da tela e mostram produtos que visitamos recentemente.

Anúncios na página de pesquisa do Google

Estes anúncios são mostrados com base no termo de pesquisa utilizado pelo usuário naquele momento. Por exemplo, ao buscar “assessoria de marketing”, o Google mostrará os principais anúncios para o meu interesse naquele momento.

Dessa forma, pode-se compreender que, para este tipo de anúncios, não são utilizados dados que possivelmente foram coletados por voz.

Anúncios do Youtube

Já no Youtube, os anúncios que aparecem para o usuário não estão relacionados à sua busca, mas sim aos interesses que o usuário possui, de acordo com sites e páginas que ele visitou recentemente.

Por utilizar dados previamente armazenados sobre os usuários, os anúncios do Youtube estão dentro daqueles que possivelmente estão utilizando os dados dos usuários captados através dos microfones.

Anúncios em sites parceiros do Google

Semelhante aos anúncios do Youtube, as propagandas veiculadas pelo Google em sites parceiros da ferramenta de anúncios também utiliza dados previamente coletados dos usuários.

Ferramenta de anúncios do Facebook

Já a ferramenta de anúncios do Facebook, conhecida como Facebook Ads, veicula os seus anúncios em quase todos os aplicativos pertencentes ao grupo Facebook.

Dentre os apps impactados pelos anúncios, temos Facebook, Instagram e Messenger.

Em todos os casos, a veiculação dos anúncios acontece de acordo com os interesses dos usuários ou do comportamento recente dos mesmos.

Por exemplo, se você visitar um site que possui rastreamento do Facebook, esse acesso ficará armazenado e poderá ser utilizado para publicidade futuramente.

Logo, devido ao fato de os anúncios utilizarem dados previamente coletados, também é possível que o Facebook também utilize o microfone do smartphone para captar informações e personalizar as propagandas patrocinadas.

Mas será que isso é realmente verdade? Depois de entender as ferramentas de anúncios, vamos nos aprofundar um pouco sobre os termos de uso das ferramentas e o comportamento dos usuários com relação a eles.

A permissão dos usuários

Quando você fez o cadastro no Google, no Facebook ou no Instagram, precisou aceitar alguns documentos, como Termos de Uso e Políticas de Privacidade. Estes documentos são extensos e retratam a utilização dos dados dos usuários.

Apesar de tratarem de um tema tão importante, que é a forma como as informações dos usuários da plataforma serão gerenciadas e utilizadas, dificilmente as pessoas fazem a leitura completa.

O tamanho do documento faz com que a maioria massacrante das pessoas simplesmente aceite sem o menor cuidado e passe a utilizar a ferramenta.

Acontece que, dentro destas políticas, estão previstas as formas de coleta de dados e os usuários simplesmente aceitam tudo sem ler.

Isso dá a liberdade para as ferramentas coletarem dados da forma que quiserem, no momento em que acharem melhor e o usuário não tem muito o que fazer sobre isso.

Com a grande quantidade de funcionalidades e personalizações que as ferramentas entregam para os seus usuários, um preço é pago. Nesse caso, a moeda utilizada são os dados de cada um dos utilizadores.

Isso pode?

Basicamente sim, afinal, foi algo que o usuário marcou que estava ciente no momento do cadastro e confirmou a aceitação. Dessa forma, o único método que privaria a coleta de dados seria o cancelamento das contas.

No entanto, com a dependência que boa parte dos brasileiros criou das mídias sociais, dificilmente as pessoas deixarão de utiliza-las para preservar as suas informações.

Então quer dizer que o Facebook e o Google escutam o que falamos?

A verdade é que não existe uma confirmação sobre essa hipótese. Algumas pessoas dizem que já testaram e isso realmente funcionou, enquanto outras relatam que tentaram induzir os anúncios e não conseguiram.

Como os usuários aceitaram os termos de uso e as políticas de privacidade sem efetuar a leitura e os periféricos do smartphone ficam acessíveis a todo momento pelos aplicativos, essa é uma possibilidade.

Porém, sabemos que algumas legislações foram criadas recentemente para tentar proporcionar maior proteção de dados para os usuários de qualquer plataforma digital.

As leis LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil e GDPR (General Data Protection Regularion) na Europa foram criadas especificamente com o intuito de aprimorar a proteção dos dados dos usuários, como o nome sugere.

Tendo entrado em vigor aqui no nosso país no ano passado, esta legislação força as empresas que captam dados dos usuários demonstrem da forma como estes dados são captados, como são armazenados e para que são utilizados.

Dessa forma, com uma solicitação formal, é possível descobrir se o Google escuta os seus usuários de forma efetiva ou não. O mesmo pode ser feito com Facebook e qualquer outra ferramenta que capte informações.

Devo me preocupar com meus dados armazenados no Google e no Facebook?

Ao navegar na internet, deixamos rastros de navegação por todos os lugares onde passamos. Ao realizar cadastros em sites e plataformas, o mesmo acontece. Portanto, é inevitável que estas ferramentas possuam os nossos dados.

Sobre esse armazenamento ser preocupante ou não, esse é um assunto que está diretamente ligado à segurança da informação e a forma como estes dados são armazenados e acessados.

Em caso de vazamento de informações, naturalmente os usuários das plataformas precisam se preocupar, porém, estes são raros de acontecer.

Normalmente, as informações ficam armazenadas em servidores extremamente seguros que criptografam todas as informações e as tornam quase inacessíveis sem as chaves de decodificação.

Todo esse sistema de segurança dificulta o aparecimento de invasores, porém, não inibe a possibilidade de vazamentos acontecerem. Tanto é que recentemente o Facebook passou por problemas semelhantes.

Vazamentos de dados do Facebook

O Facebook foi a plataforma que mais sofreu com vazamentos de dados nos últimos anos. Em 2019, milhares de dados de telefones de usuários foram expostos publicamente.

Já em 2021, mais de 533 milhões de dados pessoais foram publicitados por um grupo de hackers que conseguiu invadir os servidores da rede social azul.

Estes vazamentos renderam, inclusive, uma investigação do senado norte-americano, que conduziu um processo minucioso de averiguação e que contou com depoimentos de Mark Zuckerberg.

Após isso, o CEO do Facebook garantiu que novas medidas de segurança estavam sendo tomadas e que novos vazamentos não iriam ocorrer.

A verdade é que os usuários acabam ficando apreensivos, já que não possuem certeza sobre a forma como os seus dados são captados, vide a dúvida se o Google escuta ou não os seus usuários.

De qualquer forma, a navegação livre pela internet já é uma forma de deixar rastros e que dificilmente as pessoas conseguirão se manter livres.

Conclusão

Não existe uma comprovação oficial se o Google escuta ou não o que as pessoas falam perto dos seus smartphones e dispositivos eletrônicos, porém, é fato que todos os usuários permitiram o seu rastreamento.

Apesar de as políticas públicas brasileiras estarem trabalhando em busca de transparência na gestão de dados, estas dúvidas permanecerão, já que os usuários continuarão a aceitar termos sem os ler integralmente.

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