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Barão de Mauá: conheça a história do maior empreendedor do país

Gabriel Freitas

Gabriel Freitas

27 de setembro de 2022

Você já olhou para trás e se perguntou quem foram os grandes empreendedores do passado? Quem não teve medo de arriscar, construiu uma fortuna e ainda deixou um legado? Hoje, nós vamos falar sobre uma personalidade brasileira que fez exatamente isso: o Barão de Mauá (1813-1889).

Irineu Evangelista de Sousa, mais conhecido como Barão de Mauá, foi o maior empreendedor que o nosso país já conheceu. Natural de Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, o então Barão não nasceu nobre. Todavia, ele conquistou o título de nobreza por seus feitos para o país durante o período imperial.  

Conhecido como um dos principais nomes do capitalismo no Brasil, o Barão de Mauá foi um homem à frente do seu tempo. Afinal, enquanto o Brasil era um país que tinha o campo como principal fonte de renda, ele mirava nos movimentos industriais que estavam acontecendo na Inglaterra e nos Estados Unidos desde o século XVIII.

Assim, seus empreendimentos foram essenciais para que a indústria brasileira desse os primeiros passos no século XIX. Entre eles, podemos citar as estradas de ferro, os telégrafos, além de companhias voltadas à iluminação e ao transporte.

Dessa forma, foi reconhecido como o primeiro grande industrial, banqueiro e empreendor, a trajetória do Barão de Mauá nos ensina valiosas lições sobre empreendedorismo. Para saber mais sobre essa história, continue acompanhando esse artigo até o final.

Quem foi Barão de Mauá? 

Estatúa do Barão de Mauá no Museu do Amanhã

Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, nasceu em Nossa Senhora do Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, em 1813. Na época, o nosso país era colônia de Portugal, e D. João VI e a corte portuguesa já tinham fugido do Bloqueio Continental Europeu e se mudado para o Brasil.

Reconhecido como Barão de Mauá, e posteriormente Visconde, o empreendedor também foi banqueiro, industrial e político. Para isso, trabalhou e estudou bastante.

De origem humilde, Irineu nasceu em uma família de pequenos proprietários de terra. A vida pacata no interior foi mudada drasticamente quando o seu pai, João Evangelista de Ávila e Sousa faleceu.

Após o episódio, o Barão, na época com oito anos de idade, foi entregue aos cuidados do seu tio e mudou-se para São Paulo. Anos depois, o Barão foi para o Rio de Janeiro, a capital do Império na época.

Em terras fluminenses, o Barão de Mauá trabalhou em uma pequena loja em troca de comida e abriigo. Aos 16 anos, o jovem começou a trabalhar com Ricardo Carruthers, comerciante escôces que vivia no Brasil na época.

À medida que o tempo foi passando, os negócios properaram e Irineu tornou-se sócio do então patrão. Com a partida de Carruthers para o Reino Unido, o Barão ficou no comando dos negócios. 

Em uma viagem de negócios para a Inglaterra, o Barão entrou em contato com as fábricas e a Revolução Industrial que o país estava vivendo. Com o intuito de mudar os rumos da sua carreira, o empresário retornou ao Brasil com o desejo de industrializar o país. 

Os primeiros passos da indústria brasileira

Enquanto países da Europa e os Estados Unidos viviam a sua industrialização, o Brasil ainda era um país rural no século XIX. Os engenhos de açúcar e demais monoculturas eram a especialidade do país. 

Em resumo, a agricultura de exportação e o trabalho escravo eram o modelo econômico da época. Além disso, o país enfrentava a falta de um mercado financeiro organizado, estrutura e demais elementos para o desenvolvimento de uma indústria.

Diante disso, os empreendimentos do Barão de Mauá foram tão significativos para a economia e a história do país. Entre eles, podemos citar: ferrovias, companhias de navegação e iluminação, estaleiros, mineradoras, fábricas e demais negócios.

Os empreendimentos de Barão de Mauá

De telégrafos a ferrovias, o Barão de Mauá empreendeu em diversas áreas. Alguns dos seus empreendimentos além de contribuírem com o seu próprio patrimônio, foram importantíssimos para a economia e história do nosso país. 

Abaixo, você confere os principais negócios do Barão de Mauá e os seus impactos no Brasil da época. 

Banco Mauá MacGregor & Cia

Sim, até um banco para chamar de seu o Barão de Mauá fundou. O estabelecimento, considerado o segundo Banco do Brasil, teve filiais em Porto Alegre, Londres, Nova York, Montevidéu e Buenos Aires.

Mauá criou o empreendimento com o objetivo de promover capital para o desenvolvimento da indústria.

Ferrovias

Uma das mais importantes contribuições do Barão de Mauá para a economia e história do nosso país foram as ferrovias. O título de nobreza veio exatamente por isso, pelas estradas de ferro. 

Em 1852, o Barão conquistou a concessão imperial para a construção da primeira ferrovia do país. O empreendimento foi inaugurado dois anos após o início das obras. Inicialmente, a estrada ligava o Porto de Mauá a Fragoso, possuindo uma distância de 14,5km.

Assim, no dia em que a obra foi inaugurada, em 30 de abril de 1854, o Irineu Evangelista de Souza recebeu o título de nobreza pelo qual entrou na história: o de Barão de Mauá. Entretanto, esse não foi o único reconhecimento que Mauá recebeu do governo da época.

Telégrafos

Você sabe o que são telégrafos? Essa invenção consiste em um aparelho de comunicação que foi criado com o intuito de transmitir mensagens a longas distâncias. 

D. Pedro II, imperador do Brasil na época, concedeu ao Barão de Mauá o direito de estabeler os primeiros cabos de telégrafos no território brasileiro. Assim, a primeira linha de telégrafos conectava as cidades do Rio de Janeiro e Salvador. 

Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas

Os empreendimentos do Barão de Mauá não ficaram restritos apenas à região sudeste do país. Em 1852, o empresário criou a Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas. 

O empreendimento foi criado com o objetivo de auxiliar nas atividades de correios e transportes.

Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro

Você sabia que o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira iluminada a gás? O Barão de Mauá foi o nome por trás dessa inovação.

A trajetória política do Barão de Mauá

Além da sua trajetória como empreendedor, banqueiro e industrial, o Barão de Mauá também foi político. Membro do Partido Liberal, ele ocupou o cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Sul por cinco legislaturas. 

Assim, em seu último mandato como deputado, em 1872, o Barão renunciou ao cargo político. Ao abrir mão do cargo,  Mauá focou em solucionar a crise que estava levando os seus negócios à falência.

A fortuna do Barão de Mauá

Com ferrovias, companhias e demais empreendimentos, o Barão de Mauá possuía uma fortuna maior que o orçamento do país. Enquanto os ativos do Barão eram de 115 mil contos de réis, os valores do governo eram de 97 mil contos de réis. Dessa forma, considerando as moedas de hoje, o patrimônio de Mauá seria equivalente a 80 bilhões de dólares.

A expertise com os negócios fez com que o Barão de Mauá se tornasse um dos nomes mais notáveis do empresariado brasileiro. Ser um homem com tantas posses colocou o Barão em uma situação difícil com o governo brasileiro. 

De barão a visconde

O título de nobreza de barão não foi o único conquistado por Mauá. Afinal,co posto de Barão de Mauá, foi conquistado na inauguração da 1ª ferrovia do país. 

Em clima de festa, Mauá recebeu a condecoração do imperador do Brasil na época, D. Pedro II. A entrega aconteceu em 1854, durante a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, no Rio de Janeiro.

Anos mais tarde, Mauá recebeu um novo título por suas atividades e contribuição para a indústria brasileira. Em 1874, o Barão de Mauá foi condecorado com o título de Visconde de Mauá. 

Assim, sendo conhecido tanto por Barão de Mauá como por Visconde de Mauá e o brasileiro mais rico de toda a história do nosso país.

O fim de uma era 

Apesar da fortuna que conquistou ao longo dos anos, o Barão de Mauá precisou lidar com a falência. Uma crise bancária na época, além dos conflitos da Guerra do Paraguai prejudicaram os negócios do empreendedor.

Assim, para que as dívidas fossem quitadas, o Barão abriu mão de empreendimentos, imóveis no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro e demais bem pessoais.

Todavia, o Barão, que nos últimos anos tornou-se Visconde, não terminou falido. Em seus últimos anos de vida, ele trabalhou com o café. Aos 75 anos, ele faleceu na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

O legado do Barão de Mauá 

Como legado, Mauá deixou uma série de obras de suma importância para o desenvolvimento que a indústria brasileira vivenciou no século XX. Entre elas, podemos citar as estradas de ferro, além de diversas companhias.

A primeira ferrovia brasileira do país, por exemplo, foi declarada Monumento Histórico Nacional. Além disso, a construção foi tombada pela Secretaria de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Em suma, além de um dos nomes mais importantes quando se fala em empreendedorismo, o Barão de Mauá é também conhecido como patrono do Ministério da Infraestrutura.

O que empreendedores podem aprender com a trajetória do Barão de Mauá? 

O Barão de Mauá trabalhou duro para conquistar tudo o que conquistou. Ou seja, não é à toa que ele é considerado um dos nomes mais importantes do empreendedorismo brasileiro ainda hoje. 

Dessa forma, uma lição que a história do Barão de Mauá ensina aos empreendedores é estar atento e aproveitar as oportunidades. Afinal, ainda muito novo, Irineu começou a trabalhar e chamou a atenção por sua dedicação com os estudos e o tino para os negócios. 

Outro aprendizado que podemos tirar ao observar a trajetória do Barão é o de não ter medo de inovar e diversificar as fontes de receita. Pois, diferente de outras fortunas do período, Mauá não tinha a sua fonte de renda de apenas um empreendimento.

Administrar um negócio já é um desafio, quem dirá vários. No entanto, apostar em mais de uma fonte de renda para o seu negócio faz o empreendimento ainda mais sustentável do ponto de vista financeiro. 

Se você possui um empreendimento, por exemplo, e ainda não aposta em soluções de marketing digital para vender, uma possível fonte de receita pode estar sendo disperdiçada. 

Ademais, outro ponto a se observar são as circunstâncias. Os negócios de Barão de Mauá foram fortemente impactados pela Guerra do Paraguai, ou seja, o maior conflito armado da América Latina. 

Assim, apesar da enorme fortuna e dos avanços proporcionados ao país, o Barão de Mauá acabou decretando falência. Em seus últimos anos de vida, Mauá tornou-se corretor de café.

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