neuromarketing

Antônio Gargioni

Antônio Gargioni

22 de julho de 2019

NEUROMARKETING e as MENTIRAS que te contam

Neuromarketing é a mistura entre neurociência e marketing que tem como principal objetivo entender o que faz um consumidor comprar.

Mas será que ele funciona?

Primeiro: o que é neuromarketing e o que não é;

Há muuuita confusão sobre isso…

Vieses cognitivos NÃO SÃO neuromarketing.

Mas neuromarketing PODE estudar vieses.

Neuromarketing é uma ciência experimental. Ela faz EXPERIMENTOS usando neurociência.

Ela mede reações fisiológicas e neurológicas à estímulos de marketing.

Os vieses cognitivos foram descobertos SEM A AJUDA do neuromarketing, utilizando ferramentas tradicionais de pesquisa.

Depois o neuromarketing entrou com suas ferramentas de neurociência e validou esses insights que já existiam desde os anos 70.

Vieses cognitivos são desvios sistemáticos no pensamento, e são estudados pela economia comportamental.

Podemos pensar o neuromarketing como neurociência aplicada à economia comportamental.

Autores reciclados:

Muito autor e curso de neuromarketing, na verdade, são cursos sobre vieses cognitivos.

Só estão reciclando os materiais do Cialdini e outros experimentos do tipo.

Isso não é neuromarketing…

O que é neuromaketing, então?

Ele usa essas ferramentas:

  • As mensurações fisiológicas:
    Expressões faciais;
    Eye tracking;
    Atividade eletrodermal (eletricidade da pele, para medir excitação, por exemplo);
    Respiração e taxa de batimentos;
    Tempo de resposta
  • Mensurações neurológicas:
    Ressonância magnética;
    Eletroencefalografia;
    Magnetoencefalografia (mede o campo magnético gerado pelas correntes elétricas do cérebro);…para medir sua impressão inconsciente de peças de marketing!

Exemplo: Neural Sense™ Coca-Cola Case Study

Ele funciona de verdade?

Funciona!

Ele consegue avaliar coisas das quais você não tem consciência.

Vale a pena?

A não ser que você seja uma marca gigante, não.

Neuromarketing é uma cereja no bolo, em suas estratégias de marketing.

Se você ainda tem coisas mais básicas para estruturar, não vai ser o neuromarketing que vai lhe o diferencial.

Quem diz isso não somos nós, mas Eben Harrel, do Harvard Business Review.

Ele afirma que neuromarketing ainda está na infância e muito dos seus elogios são inflacionados.

Grande parte dos resultados que você obteria com ele, pode obter por pesquisas mais tradicionais e baratas.

Para pequenas e médias empresas, não vale a pela. Melhor aplicar os insights já consagrados de Robert Cialdini e cia.

Mas é um campo com grande potencial. Quem sabe no futuro ele amadureça e se torne mais barato.

Quer entender nosso ponto de vista, assista o vídeo de hoje!

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