Antônio Gargioni
03 de agosto de 2017
Hoje em dia se ouve bastante de que ecommerces são o futuro, que eles vão ser a causa do fim do varejo físico entre várias outras coisas. Uma pergunta que muitas pessoas nos fazem é: Como fazer um E-commerce que VENDE!? Bom, estou aqui hoje para te responder essa pergunta, trazer problemas que a minha experiência mostrou serem comuns (assim você evita erros básicos) e também para dar algumas dicas valiosíssimas!
Vamos lá! 🙂
Eu trabalho com e-commerces já fazem mais de 3 anos, durante esses anos eu já implementei, ao lado da V4, uma série de e-commerces, acredito que o mais notável foi um projeto em que o e-commerce de nosso cliente faturava em torno de R$5.000 e, em poucos meses, nós conseguimos alavancar as vendas desse respectivo cliente para mais de R$300.000!
Com essa experiência eu tenho algumas coisas que posso afirmar, desde erros até acertos em cheio que podem fazer a diferença na hora de montar um e-commerce LUCRATIVO!
Quando falamos de e-commerces, muitas vezes as pessoas começam a pensar em certas partes mais básicas: “Eu preciso de um site bonito!”, “Preciso ter em primeiro lugar uma plataforma top”, entre várias outras coisas.
Porém, eu posso afirmar que existem 3 erros principais que a maioria das pessoas que querem começar um e-commerce cometem!
Vamos a eles:
Muitas vezes se pensa em tráfego apenas depois de ter decido (ou até feito e pago) qual site a empresa vai utilizar, qual plataforma, checkout entre várias outras partes técnicas de um e-commerce, porém, quando se pensa em como montar uma loja virtual, o primeiro ponto que deve ser pensado é o TRÁFEGO!
Se você não tem tráfego, ou seja, pessoas visitando o seu site, é a mesma coisa que se você tivesse aberto uma loja no deserto, basicamente ninguém vai passar na frente da mesma, gerando prejuízo e forçando você a fechar a sua loja. Na internet não é diferente! Se você não tiver tráfego no seu site, não vai importar a qualidade do mesmo, a qualidade dos produtos nem mesmo as promoções incríveis que você venha a ter, vai ser uma loja no deserto.
O segundo problema, também muito comum, é de que muitas empresas quando vão começar um e-commerce, acabam não investindo em um sistema efetivo, fazendo com que muitas partes automatizáveis se tornem uma dor de cabeça imensa, além de uma perda de tempo e dinheiro.
Mas quais são essas “partes automatizáveis”? Basicamente em um e-commerce, uma das partes que você tem que estar muito otimizada é a parte de ESTOQUE.
Se você não possui um estoque organizado, você vai acabar tendo dores de cabeça com a entrega do seu produto e muitas reclamações de clientes. Se você trabalha com uma loja física, por exemplo, você vai ter que ter um sistema que consiga integrar a(s) sua(s) loja(s) com o seu e-commerce, se não você vai ter que ficar todos os dias revisando o estoque de todas as lojas para bater com o e-commerce, o que é INVIÁVEL!
Tendo um sistema que integre seu estoque você irá evitar esses problemas, automatizando a atualização do estoque, entrada e saída de produtos, cadastramento facilitado, entre outras facilidades!
No cenário de academias é muito comum se falar de retenção, fazendo com que o aluno fique mais tempo na sua academia e assim você consiga lucrar mais em cima de um cliente, no e-commerce nós também temos o problema da retenção.
Principalmente para empresas que estão entrando agora ou que pretendem entrar, a questão da retenção é um tópico importantíssimo, por que quando você é novo, com certeza precisará utilizar de estratégias de tráfego pago, fazendo com que a primeira venda de um cliente muitas vezes apenas se pague, gerando assim uma operação que não dá lucro e que, algumas vezes, começa dando prejuízo.
Mas como que você poderá evitar esse problema e ter uma operação realmente lucrativa?
A principal resposta é: PÓS-VENDA! Um pós-venda bem otimizado faz com que você consiga ter lucro, basicamente, quando nós falamos em pós-venda, estamos querendo falar literalmente de um telemarketing focado em vender mais uma vez para um cliente. Se você consegue vender duas, três, quatro vezes para um mesmo cliente você começará a ter LUCRO!
Para você entender um pouco melhor, vamos citar o case da Arezzo (do qual temos um podcast com o diretor de Marketing, clica aqui):
Toda a operação online da Arezzo faturava em torno de R$1 MILHÃO por mês, no podcast o Maurício Bastos, diretor de Marketing da Arezzo conta que, um dos principais fatores para começar a lucrar mais foi o pós-venda, ele conta que aumentou muito o time de telemarketing dele por que o mesmo sabia do potencial de uma operação com um pós-venda qualificado. O resultado? A Arezzo passou a faturar R$100 MILHÕES por ano! Incrível, né?
Esse é o poder do pós-venda, e a gente recomenda muito que você utilize o mesmo, seja no seu futuro e-commerce e na sua empresa em geral!
Esses são os 3 principais erros que nós da V4 identificamos, porém existem vários outros, dos quais você pode alguns deles no site do E-commerce Brasil, nesse artigo do Vinicius Amoroso, e nesse aqui do Guia de E-commerce!
Agora que você já sabe os 3 principais erros que as empresas cometem na hora de montar um ecommerce, eu vou te dar
A primeira dica que eu vou dar está totalmente relacionada ao primeiro problema que as empresas tem na hora de montar um e-commerce, ela será sobre tráfego!
Aqui vou mostrar 3 maneiras com que você poderá gerar tráfego para seu e-commerce.
Para gerar tráfego para um e-commerce você terá, basicamente, três maneiras: Tráfego direto, tráfego pago e Marketplaces.
Vamos começar pelo tráfego direto, se você já tem uma marca consolidada, uma loja física que já faz sucesso, provavelmente você tem buscas pela sua marca diariamente nos mecanismos de busca. Se você não tem um e-commerce ainda, significa que você está perdendo possíveis clientes que gostariam de comprar seus produtos online, o que é um problema, não é mesmo? O tráfego direto é exatamente isso, são aquelas pessoas que buscam por sua marca ou empresa nos mecanismos de busca.
Você pode utilizar as ferramentas que o próprio Google te dá para descobrir se sua marca e/ou produto possuem buscas mensais, descobrindo assim se o tráfego direto pode ser uma opção para o seu e-commerce!
A segunda maneira é utilizando o tráfego pago. O tráfego pago consiste em você comprar acessos para o seu site, essa maneira é muito utilizada por todos os e-commerces (ou pelo menos os mais lucrativos!), basicamente você vai utilizar uma ferramenta como Google Adwords ou o Facebook Ads para fazer com que seu site tenha tráfego.
Se você utilizou a dica de pesquisar as palavras relacionadas ao seu serviço ou produto, você pode também utilizar o tráfego pago para se aproveitar dessas buscas! Fazendo com que seu e-commerce fique em primeiro lugar nos resultados do Google, relacionados à sua empresa.
E ainda poderá utilizar, por exemplo, anúncios do Facebook, pegando pessoas que estão navegando na rede social e trazendo para o seu site, assim você estará trazendo TRÁFEGO para seu site!
A terceira maneira seriam os MarketPlaces: provavelmente você já notou que, em grandes sites como Submarino, Americanas ou Walmart, você muitas vezes está comprando de outros vendedores dentro destes sites. É basicamente isso que é um marketplace, são grandes marcas que disponibilizam os e-commerces delas para que você venda os seus produtos, utilizando o tráfego qualificado destas grandes marcas e não necessitando, em um primeiro momento, de ter um e-commerce já montado!
Partindo agora para a SEGUNDA DICA, vamos falar um pouco mais sobre a plataforma: para continuarmos em sequência à última dica, um ponto muito importante da sua plataforma é que ela seja integrada com os marketplaces. Plataformas como Loja Integrada, VTEX, EzCommerce e Moovin, por exemplo, são plataformas que já possuem uma integração nativa com os marketplaces, fazendo com que você possa utilizar essa fonte de tráfego facilmente, apenas precisando negociar sua entrada nos mesmos!
Esse post do blog “Universo Marketplace” da Olist falou muito bem sobre Como entrar entrar e vender em marketplaces, se você pensa em utilizar essa forma de tráfego, vale a pena ler esse artigo também!
Mas, ainda sobre plataforma, ela ser integrada não é a parte mais importante, fora isso, você tem que buscar uma plataforma que seja muito bem otimizada, para que seu cliente não tenha problemas na hora de fazer as compras e navegar pelo site.
Além de otimizada, quando você for pensar em layouts, você precisa pensar também em UX, User Experience (temos um artigo sobre 5 conceitos de UX que pode te ajudar, clica aqui). Se o seu cliente não tem uma navegação fluída e amigável, você vai ter problemas de bounce altíssimos! Mesmo que você não tenha um bounce muito alto, a probabilidade de que seu cliente desista em alguma parte mais truncada da plataforma é IMENSA! Para um cliente desistir da compra, basta que ele não encontre um botão facilmente ou não tenha alguma informação do serviço/produto, isso vai fazer ele ir embora, diminuindo sua conversão!
Por último mas, definitivamente não menos importante, a gente entra na parte de CHECKOUT: Um checkout que funciona faz toda a diferença, infelizmente nós temos muitas fraudes nos e-commerces, o que faz com que você precise de um checkout que seja preparado para evitar chargeback, além disso, você vai precisar que esse mesmo checkout seja simples, rápido e, preferencialmente, que te ofereça opções de upsell/crossell!
Um bom exemplo de checkout é o da VTEX, que possui a patente global SmartCheckout, tendo um checkout que você precisa apenas do seu e-mail para finalizar uma compra, facilitando muito para o seu cliente, aumentando ainda mais a sua conversão!
Outro ponto interessante é que a sua plataforma forneça todas informações de cada cliente, para que você consiga saber se algum cliente seu deixou um carrinho abandonado, por exemplo, e para que você possa trazer o cliente de volta (pós-venda!).
Agora indo para a TERCEIRA E ÚLTIMA DICA que eu vou trazer nesse artigo: Ter um bom ERP, tão importante quanto as duas últimas dicas é ter um bom ERP e que seja integrado com a sua plataforma!
Na minha experiência, TODAS as empresas que nós implementamos um e-commerce precisaram ou implementar um ERP ou trocar para um que tenha a possibilidade de integrar com a sua plataforma. E quando eu cito todas as empresas, eu quero dizer que desde as pequenas empresas até as com mais lojas e bem maiores precisaram disso, as vezes tornando um custo bastante alto para uma mudança, porém se mostrou super útil imediatamente.
E se você acha que pode começar sem um ERP integrado, você pode, porém espere que você terá uma dor de cabeça imensa, eu pessoalmente implementei um e-commerce que não era integrado, e pior, era um e-commerce de MODA! Para você ter uma noção, a gente passava basicamente dias inteiros cadastrando produtos e suas respectivas variações, UM POR UM, centenas e centenas de produtos, tudo à mão, aí que nós notamos a importância de um ERP integrado!
Mas não é apenas por isso que você precisa de um ERP integrado (eu acredito que já é motivo o suficiente, mas vamos aos próximos problemas que não ter o mesmo podem causar):
Eu citei acima que a gente tinha que cadastrar produto por produto certo? Agora imagine você ter que ligar para CADA UMA das suas lojas e conferir CADA UM dos produtos no estoque de cada uma das lojas. Impossível, né?
Um ERP integrado com o seu e-commerce e, obrigatoriamente, com suas lojas físicas vai fazer com que, caso um produto específico, de um tamanho e cor específicos, seja vendido em uma das suas lojas, o ERP vai entender isso e vai tirar do ar esse produto específico e também tirar do sistema das suas outras lojas.
“Mas Guilherme, não tem como fazer sem essa integração?”, claro que tem! Basta você ter um estoque separado para o seu e-commerce, mas eu acho que você não quer investir em um estoque separado para uma operação iniciante, quer?
Mas se você vai fazer isso, prepare-se para ter que cadastrar os seus produtos um a um e ter que tirar do ar cada produto que você vender.
Mas fora tudo isso, digamos que você tenha pessoas para fazer isso todos os dias, 24 horas, 7 dias por semana (que eu duvido muito que tenha), onde que isso pode vir a se tornar um problema?
Na hora de entregar o seu produto, quando você não tem um ERP, tudo vai se tornar manual, fazendo com que, se alguém errar, você tenha ou que estornar seu cliente ou entrar em contato com ele para oferecer algo diferente.
O que isso vai gerar? Desconfiança e reclamações, fazendo com que seu e-commerce perca credibilidade. Você já deve ter ouvido que ainda existem diversas pessoas que tem medo de comprar online, porém essas pessoas hoje são uma minoria, o problema que isso vai gerar é que, hoje em dia, as pessoas estão buscando cada vez mais sobre as lojas antes de comprar (e tendo ferramentas cada vez melhores para isso. Sim, estou falando do Reclame Aqui). Se você não tiver uma boa nota no E-bit e poucas reclamações (e as poucas resolvidas), isso vai diminuir sua credibilidade, fazendo você perder vendas!
E agora, para finalizar, eu preciso reforçar um ponto: PÓS-VENDA!!!!
Você, depois desse artigo, tem ainda mais interesse em montar um e-commerce? ÓTIMO! Mas eu recomendo, MUITO, que você comece com alguém focado no pós-venda, nem que seja apenas um estagiário! Você vai se lembrar de mim quando o seu pós-venda for uma das suas principais ferramentas de conversão! 😉
Tem algumas duvidas sobre o pós-venda? Confere esse artigo do site Curso de E-commerce, vale a pena!
Depois disso tudo você ainda tem alguma dúvida de que e-commerces são boas operações, ou que são lucrativos?
Confere esse artigo do Saia do Lugar que fala mais se vale a pena abrir um e-commerce?
Por esse artigo é isso pessoal, comentem aqui embaixo o que vocês acharam deste conteúdo, até a próxima! 😉