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Mauricio Schwingel

Mauricio Schwingel

07 de julho de 2023

Como usar o Google Analytics para medir o sucesso de sua estratégia de marketing digital

O Google Analytics 4 chegou. E trouxe com ele uma nova forma de levantar e analisar informações. Venha entender as principais diferenças entre o Universal Analytics e o GA4, além de saber mais sobre a nova versão da ferramenta. 

Desde o último dia primeiro, o Google Analytics substituiu o Universal Analytics, que irá sair do ar. Sendo assim, é necessário que todos os usuários façam a migração entre as plataformas. Esse processo não é fácil, por isso, fizemos artigo para lhe auxiliar. 

O que é o Google Analytics? 

O Google Analytics é uma ferramenta de monitoramento para marketing digital. Além de ser gratuito, a ferramenta é ideal para coletar dados de acesso, comportamento e navegação dentro de sites e aplicativos

Desde 2005, quando foi adquirida pela Google, a ferramenta continua evoluindo. Atualmente na sua quarta geração, o GA se tornou o melhor amigo de quem trabalha com marketing digital. 

A ferramenta disponibiliza ótimas análises de tráfego, tanto pago quanto orgânico. Além disso, utiliza webmasters para auxiliar na otimização das páginas. A condução de testes também fica mais precisa e assertiva com o uso da plataforma. 

Sendo assim, o Google Analytics se torna uma ferramenta ideal para quem busca o auxílio de uma das maiores empresas do mundo para tomar decisões mais precisas. O GA também se mostra fundamental na criação de estratégias dentro do marketing digital, pela sua capacidade de fornecer dados precisos. 

Qual a diferença entre o Google Analytics 4 e o Universal Analytics? 

Com a chegada do GA4 no dia 1º de julho de 2023, o UA deixou de coletar informações. Ou seja, os usuários precisarão migrar de uma plataforma para a outra. Porém, a mudança não será uma tarefa fácil. Vamos entender o porquê. 

Cada uma das ferramentas observa os comportamentos dos usuários de maneiras diferentes. O UA era focado em interações nas sessões e pageviews. O GA4, por sua vez, rastreia os usuários, baseado em eventos. Por exemplo, a visualização de um vídeo, adição de algum produto ao carrinho ou algo do tipo. 

Qual a importância do Google Analytics? 

O GA é, em resumo, a luz que guia a análise de sites. Ou seja, sem ele, estaríamos todos no escuro. Afinal, quem melhor para gerar informações sobre otimizações e performance do que o Google? 

Outro grande benefício do Google Analytics é o preço: a ferramenta é gratuita. Mas isso não faz dela incompleta ou menos capaz do que as concorrentes pagas. Na verdade, o GA conta com uma interface amigável, integra outros produtos com facilidade e possui uma capacidade de processamento de dados digna da maior empresa da internet mundial. 

Sendo assim, o Google Analytics é uma ferramenta completa e com uma vasta gama de benefícios. Venha conhecer alguns deles de forma mais aprofundada: 

Conhecer a origem das visitas no site

Quem trabalha com marketing sabe o quão importante é conhecer o cliente. E para isso, você precisa saber quem está acessando o seu site. O GA não só fornece essa informação como também informa o tipo de dispositivo que o usuário está utilizando. 

Essa informação é valiosa uma vez que sabendo o modelo do dispositivo, é possível fazer melhorias no design e no UX da página. Quanto melhor a experiência, maior a chance de você conseguir converter esse usuário. 

Saber quem é o usuário

O marketing digital gira em torno do consumidor. Estamos todos querendo que o usuário tome uma ação. Para isso, criar um conteúdo personalizado é fundamental. Nessa situação, o GA se torna essencial, uma vez que ele traz informações precisas e detalhadas. 

Com a ferramenta, podemos conhecer o idioma que o usuário fala, a idade, sexo e até os principais interesses de quem acessou a página sendo analisada. Através dessas informações, é possível produzir conteúdos que falam de forma muito mais efetiva com esse usuário, o que gera uma conexão ainda maior. 

Entender quais canais convertem mais

Durante um período de testes, é importante experimentar diferentes canais de aquisição e conversão. Mas para que o teste tenha resultado, é preciso conhecer quais canais estão convertendo melhor. Para isso, o GA é uma grande ferramenta. 

Além de fornecer os dados sobre a audiência, o Google Analytics disponibiliza tudo que você precisa para realizar testes A/B. E, além disso, os relatórios do GA também trazem listas com as páginas que têm gerado melhor rendimento. 

Dessa forma, você pode descobrir quais são os conteúdos com melhor performance. Isso tudo baseado no parâmetro que você escolheu (permanência, conversão, tráfego, etc). 

Analisar a velocidade de carregamento de uma página 

Apesar de ter uma ferramenta dedicada para isso, o PageSpeed Insights, é possível acessar vários desses dados no GA. E, além disso, é possível calcular a média de tempo de carregamento baseado em um período da sua escolha. 

Como utilizar o Google Analytics? 

O GA funciona por meio de um código Javascript gerado para o usuário. Isso faz com que apenas aquele usuário tenha acesso aos dados. Sendo assim, para instalar o GA, basta gerar o código e inseri-lo no corpo do site. 

Para quem trabalha com o WordPress, o procedimento é ainda mais simples. É só utilizar um plugin, como o MonsterInsights ou o Google Analyticator e informar alguns dados que serão requeridos pela plataforma. 

Caso você ainda não tenha uma conta, você pode criar uma acessando 

https://analytics.google.com e utilizar a sua conta Google e seguir as instruções recomendadas. O código e o Javascript estarão disponíveis ao final do processo. 

Quais são as principais métricas do Google Analytics? 

Uma das maiores preocupações de quem tem um site é saber quantas pessoas visitaram esse site em um certo período. Ao contrário de uma loja física, em que é possível mensurar de forma visual apenas estando na loja, com um site as coisas não são tão simples. 

Para informações como essa, o GA tem relatórios detalhados. Mas para poder entender os relatórios gerados pela plataforma, é preciso entender como ele mensura as interações dos usuários. Então vamos lá.

Número de visitantes

Essa é a métrica mais simples. Como o nome sugere, ela diz respeito ao número de visitantes do seu site. Entretanto, a grande questão aqui é entender que um visitante pode chegar ao seu site por diferentes canais (via google, link externo ou até mesmo uma propaganda do Instagram). Além disso, ele também pode navegar em diferentes páginas do seu site e ainda gastar mais ou menos tempo interagindo com essas páginas. Quantidade de hits 

As interações em um site começam com hits. Toda vez que um visitante acessa alguma página, um novo hit é recebido pelo GA. E cada hit carrega dentro de si uma série de informações

  • IP;
  • data e hora do hit;
  • versão do navegador;
  • nome da página e URL.

Durante a sua navegação, um usuário pode gerar vários hits diferentes. Esse grupo de ações se transforma em dados e quando agrupados, se tornam Sessões. Vamos entender um pouco melhor sobre isso: 

O que são as sessões?

Basicamente, uma sessão é um conjunto de hits gerados por um visitante enquanto navega em um site

Uma vez que o primeiro hit foi gerado em uma página, uma nova sessão se inicia. E essa sessão só termina quando: 

  • o visitante passa 30 minutos sem interagir com a página (nenhum novo hit);
  • Depois da meia-noite;
  • o usuário clique em alguma UTM (calma, vamos explicar melhor);
  • o usuário navega entre subdomínios distintos dentro do mesmo site.

OBS: caso o usuário acesse apenas uma página e não atualize a mesma ou interaja com algum evento, o Analytics não reconhece nenhum hit. 

Caso nenhuma nova informação seja enviada, o GA se torna incapaz de medir o tempo que o usuário passou naquela página. Sendo assim, uma vez que se completam 30 minutos de inatividade, a ferramenta entende que ocorreu uma rejeição. 

Como funciona a taxa de rejeição? 

A taxa de rejeição pode ser uma métrica complicada para alguns usuários. Mas não precisa ser. O nome pode acabar enganando, uma vez que “rejeição” pode significar que o usuário abandonou o site, rejeitando aquilo que há na página. Mas não é bem assim. 

A taxa de rejeição não mede um tempo determinado que o visitante passou no seu site. Ela mede uma sessão em que o usuário utilizou apenas uma página e saiu, sem interagir com outras páginas. 

Como medir o tempo na página e a duração de uma sessão? 

O tempo de duração de uma sessão é uma métrica essencial. Ela ajuda os webmasters e proprietários a entenderem quanto tempo o usuário dedica ao seu site. Essa quantidade é medida durante uma visita. 

Para entender como essas informações são calculadas, você deve retornar o conceito de hit que vimos anteriormente. Imagine que o usuário acesse o seu site às 20 horas e acesse uma página dentro dele às 20:03 horas. Se às 20:10 ele sair do seu site, quanto tempo você acha que a sessão durou? 

A resposta óbvia, parece ser 10 minutos. Mas é preciso lembrar que o GA não registra o tempo em que não ocorrem hits. Ou seja, para o analytics, a sessão durou 3 minutos. Um hit foi às 20:00 e a outra às 20:03. 

Mas o que acontece em uma sessão com rejeição? Quando o usuário só acessa uma página dentro de 30 minutos, é registrada como uma sessão com 0 segundos de duração. 

A diferença entre canal, origem e mídia

Uma questão importante para todo analista de marketing levar em consideração são os canais de aquisição do site. Para saber mais sobre isso, é essencial entender a diferença entre Canal, Origem e Mídia. Para ajudar, preparamos uma breve explicação sobre cada um. 

O que são os canais? 

Saber como o usuário chegou ao seu canal é essencial para entender a jornada do usuário. Ou seja, entender se foi por uma pesquisa orgânica no Google, digitando a URL no navegador ou clicando em um anúncio nas redes sociais é importante para analisar a sua presença nas mídias digitais. 

Nessa frente, o Google Analytics se torna fundamental na hora de registrar e entender essas informações. Os canais mais observados nos relatórios são:  

  • Direct: Quando a URL é acessada através do navegador;
  • Organic Search: Google, Bing, Safari ou Yahoo!;
  • Social: Redes Sociais como o Instagram, Facebook, Twitter ou LinkedIn;
  • Email: Newsletters em geral;
  • Referral: Sites externos com links para o seu domínio;
  • Paid Search: Links Patrocinados;
  • Display: Rede de Display do Adwords;
  • Others: Quando não pertence a nenhum dos outros canais padrão.

O que são Origem e Mídia no Google Analytics?  

Talvez você já tenha se perguntado como o GA consegue descobrir de onde um usuário veio para colocá-lo nos canais certos. Isso acontece porque toda sessão registrada no Analytics sempre traz consigo 2 informações muito importantes: a Origem e a Mídia

Baseado na combinação dessas informações, o Analytics vai agrupar automaticamente a sessão dentro de determinados canais. Ou seja, a plataforma funciona mais ou menos assim: 

Se um usuário tem Origem e Mídia:Ele provavelmente pertencerá ao Canal:
m.facebook.com / referralSocial
google.com / organicOrganic Search
google.com / cpcPaid Search

De maneira resumida, um canal de aquisição não é exatamente uma dimensão, como Origem e Mídia. Ele funciona melhor como uma forma de alocar o trafego automaticamente, para deixar as análises mais fáceis. 

Como funcionam as UTMs?

Um sonho de qualquer analista de marketing é poder abrir seu relatório do GA e conseguir enxergar detalhadamente de onde vieram os usuários. Se foram do Facebook Ads, de um popup ou via um site parceiro. Afinal, entender isso é importante para saber quais canais estão dando os maiores resultados

Assim, utilizando as UTMs, ou URL parametrizadas, isso se torna possível e até mesmo fácil de configurar. Para isso, basta adicionar esses parâmetros a uma URL, modificando as dimensões de origem e mídia. 

Ou seja, você pode modificar a origem e mídia de uma sessão para medir o tráfego recebido por uma determinada campanha feita no Instagram e outra feita por sites parceiros, por exemplo. 

Sendo assim, você pode identificar até 5 sessões através da mesma UTM: 

  1. Origem
  2. Mídia
  3. Nome da Campanha
  4. Termo
  5. Conteúdo

Quais são as metas e conversões no Analytics? 

A conversão ocorre quando um usuário realiza a ação que você deseja dele dentro do seu site. E isso pode ocorrer das mais diferentes formas. 

Essa ação pode ser o preenchimento de um formulário, concluir uma compra ou apenas assistir um vídeo dentro da sua página. Para que essa conversão ocorra com sucesso, primeiro é necessário estabelecer os seus objetivos dentro da página e da campanha. 

Como definir seus objetivos no Google Analytics? 

Vamos utilizar um e-commerce como exemplo: nesse caso, você muito provavelmente deseja acompanhar as finalizações nos carrinhos de compra. 

Assim, caso você ofereça serviços de assessoria de marketing digital, como é nosso exemplo na V4 Company, é importante entender quantos usuários fizeram um contato com cunho comercial ou quantos assinaram a The Call, nossa newsletter semanal. 

Além disso, um ponto que merece atenção é o fato de que dependendo da jornada do cliente que você deseja para seus usuários, nem sempre será possível registrar quantas vendas aconteceram através do seu site. 

Um exemplo, é o caso de um PDV offline. Caso a jornada comece com anúncios no Instagram ou Facebook e termine com uma compra na loja presencial, se torna impossível para o analytics documentar todo o processo. 

Por isso é essencial que você esteja fazendo a documentação e análise de dados que fogem do alcance da plataforma. 

Como funcionam as metas no Analytics? 

As metas do GA são configuradas como Vista de Propriedade. Elas podem ser aplicadas a páginas ou telas com as quais os usuários interagem. Ou seja, pode levar em conta quantas páginas ou telas os usuários visualizaram, quanto tempo permaneceram no site ou app e quais eventos foram acionados por eles durante a estadia no site. 

O recomendado é que as metas tenham valores monetários atrelados a elas. Assim, você pode ver quanto cada conversão custa para a sua empresa. O uso desses valores permite que você foque em conversões de valor mais alto, como aquelas que tem um valor mínimo de compra. Ou aquelas com menor custo de aquisição com o maior retorno. 

Quando um usuário realiza uma ação definida como meta no seu app ou site, o Analytics registra isso como uma conversão. E existem 5 tipos de conversões. 

TipoDescriçãoExemplo
DestinoUma página é abertaO usuário abre a página “Obrigado por se cadastrar”
DuraçãoQuando a sessão dura por um tempo específicoUm usuário passou 5 minutos no site.
Páginas por SessãoQuando um usuário abre um determinado número de páginas.Mais de 3 hits de página em uma única sessão.
EventosQuando um evento é disparado.Cliques em um botão

Existe também um modelo de conversão que acompanha os resultados em lojas virtuais. Para acompanhá-lo, é necessário adicionar o código de acompanhamento de comércio eletrônico ao carrinho de compras. 

Dessa forma, o GA poderá calcular as métricas de receita e o ROI das compras no site. Dito isso, esse é um processo mais complexo. Por isso, é recomendado que você contrate um desenvolvedor especializado para isso.

Entenda como criar e monitorar eventos no Google Analytics

Um evento ocorre quando o usuário interage com o conteúdo. Então o preenchimento de um formulário, o clique em um link ou a reprodução de alguma mídia, isso tudo qualifica um evento. 

Dessa forma, caso configuradas da forma correta, essas interações podem ser utilizadas para medir a performance das campanhas, CTA’s, conteúdos e elementos de design.  Assim, para criar e gerenciar eventos, basta acessar a seção “comportamento” no menu e escolher a função “eventos”.

Como ocorre o spam no Google Analytics? 

Os spams do GA são conhecidos como Referral Spam ou spam de referência. Eles são falsos acessos que ocorrem quando um acesso é computado, mas não há nenhuma visita de fato. Isso prejudica a análise e por isso esses “acessos” são entendidos como spam. 

Essas ações são, na sua maioria, provenientes de sites suspeitos. Ou seja, eles estão geralmente identificados por domínios conhecidos como “caça-cliques” que se infiltram em relatórios de usuários do GA para fazer com que eles cliquem em URLs spam. 

Outra característica comum é o fato de que eles costumam ter uma taxa de rejeição de 100% e um tempo de permanência igual a 0. O próprio site do Google possui um passo a passo para que você consiga identificar, excluir e bloquear os domínios caça-cliques. 

O Google Analytics e a importância de ser um Cientista do Marketing 

O tempo de profissionais de marketing focados em pequenos nichos já passou. Estamos na era dos analistas 360, que são capazes de entender e operar nas mais diversas frentes do marketing digital. 

Exatamente por isso, entender como o novo Google Analytics 4 funciona é essencial. Essa não pode ser uma atribuição reservada apenas para os gestores de tráfego. Mas entender a plataforma de análise do Google é apenas uma pequena parte das atribuições necessárias para ser um profissional de marketing completo. 

Pensando nisso, a V4 Company, maior assessoria de marketing do Brasil, lançou o Cientista do Marketing. O maior e mais completo curso sobre marketing digital, que cobre todas as áreas que um profissional da área precisa dominar

Ou seja, formamos cientistas que entendem sobre marketing digital na sua totalidade, não apenas uma área de forma isolada. O Cientista do Marketing forma profissionais capazes de enfrentar os desafios de hoje enquanto constroem as soluções de amanhã

Quer saber mais? Então acesse o Cientista do Marketing Digital e comece sua escalada profissional hoje mesmo.

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