erros de um gestor de tráfego

Yarley Soares

Yarley Soares

02 de julho de 2021

Os 5 Principais Erros de um Gestor de Tráfego

Campanhas de tráfego pago são uma constante na estratégia de marketing das empresas que querem crescer na internet, entretanto, existem alguns erros de um gestor de tráfego que são muito comuns e precisam ser solucionados.

Antes de mais nada, é importante entender que um gestor de tráfego é aquela pessoa responsável pela gestão dos anúncios patrocinados de um negócio na internet, independente da ferramenta.

A execução das campanhas depende de um acompanhamento contínuo e de melhorias cíclicas que farão com que o desempenho dos anúncios melhore e os mesmos continuem gerando resultados.

Todavia, existem alguns erros, que são cometidos pelos gestores, que podem comprometer o desempenho das ações e acabar gerando gastos não otimizados nas estratégias de anúncios, algo que deve ser evitado.

Neste artigo, veremos quais são os 5 principais erros de um gestor de tráfego e como resolvê-los para tornar as suas campanhas ainda mais rentáveis para o seu negócio.

5 principais erros de um gestor de tráfego

Os erros tratados a seguir são os mais cometidos no mercado, desde os gestores mais experientes até aqueles que estão iniciando a sua carreira nos anúncios. A realidade é que estes erros afetam crucialmente as campanhas.

  1. Não considerar o histórico de campanhas dos clientes

Ao procurar um novo gestor de tráfego, provavelmente o cliente não estava satisfeito com as ações executadas anteriormente, porém, mesmo sem sucesso, as campanhas acumularam dados que são valiosíssimos.

Até mesmo o gestor de tráfego mais experiente que assume campanhas que foram mal executadas deve considera-las para ações futuras. Mesmo que seja apenas enquanto as novas campanhas são iniciadas.

Ainda assim, será possível entender alguns dados de consumo do público, interesses atingidos que resultaram em cliques ou conversões, ou palavras-chave utilizadas que geraram mais tráfego para o site.

Nenhuma campanha deve ser subestimada a ponto de simplesmente ser jogada fora. Os dados podem ser úteis e devem ser utilizados como uma forma de aprendizado do próprio gestor para as próximas ações.

  1. Não utilizar públicos adquiridos

Esse é um erro de um gestor de tráfego que é mais comum do que deveria. Tanto o Google quanto o Facebook entregam diversos recursos para os anunciantes, porém, nem sempre eles são utilizados.

Por exemplo, ao assumir uma conta onde a empresa possui 5 mil seguidores, o gestor deve considerar esse público como um potencial cliente e criar campanhas específicas para essas pessoas.

Um público que já conhece a marca e já consome os seus conteúdos está mais propício a realizar as ações desejadas. Não o utilizar é desperdiçar pessoas que podem estar em estágios avançados do funil de vendas.

Entre as possibilidades dos públicos adquiridos, é possível, ainda, realizar anúncios para pessoas semelhantes ao público. Desta forma, além dos clientes já adquiridos, você ainda pode procurar mais pessoas semelhantes a eles.

Essa prática é interessante para encontrar mais pessoas com potencial de compra, pois possuirão comportamentos semelhantes àquelas que já são clientes.

  1. Não se importar com o trackeamento das campanhas

Este é um dos principais erros de um gestor de tráfego, cometido por diversos motivos, entre eles a dificuldade de configurar o rastreamento, a análise das métricas erradas ou, ainda, por pura preguiça.

Configurar todos os canais do cliente exige tempo e dedicação, assim como configurar as campanhas de uma forma que todos os dados gerados possam ser metrificados de forma específica.

É dever do gestor manter todo o ambiente configurado corretamente e todos os dados centralizados de forma confiável e disponível para análise de resultados e tomada de decisões.

Dentro desse erro, podemos destacar as principais práticas de trackeamento que são realizadas de forma errada ou ignoradas.

Análise das métricas erradas

Se o objetivo do seu anúncio possui o objetivo de gerar vendas na loja virtual, a métrica de desempenho dos mesmos precisa ser as vendas que o mesmo gerou na loja, porém, esta análise exige outras configurações.

Da mesma forma, se o seu objetivo é levar pessoas para um artigo do seu blog, a métrica a ser analisada é o número de cliques no anúncio. A métrica balizadora deve estar 100% associada ao objetivo do anúncio que é veiculado.

Não configurar o pixel da plataforma

Se tanto Facebook Ads quanto Google Ads disponibilizam o pixel para aprimorar o rastreamento dos usuários, ele deve ser utilizado na sua máxima capacidade.

É o pixel que fará o rastreamento de conversões, visitas de páginas, entre outros comportamentos do usuário dentro das páginas do seu site ou da sua loja virtual. Não utilizá-lo é um erro que não pode ser cometido.

Não utilizar UTMs

Este é um erro de um gestor de tráfego que também torna as campanhas menos rastreáveis e os dados menos específicos. As UTMs são fundamentais para a rastreabilidade dos links.

Com vários anúncios rodando em várias plataformas, é essencial que o gestor consiga diferenciar de onde estão vindo os visitantes. Para isso, as UTMs devem ser configuradas em todo link que for veiculado.

Não explorar todas as ferramentas de anúncios

Outro erro de um gestor de tráfego é possuir a sua ferramenta de preferência, ou alguma que ele possua maior familiaridade e torne o seu trabalho mais fácil.

Esse erro não pode ser cometido, já que as ferramentas atuam em momentos diferentes e possuem formas diferentes de impactar os usuários que visualizam os anúncios.

As principais ferramentas são Google Ads e Facebook Ads, no entanto, é extremamente comum o fato de o gestor utilizar apenas uma delas por vontade própria, sem embasamento algum em dados.

Quando utilizar o Facebook Ads?

O Facebook Ads é uma mídia de atenção, ou seja, ela interrompe a ação do usuário com um anúncio e este precisa captar a atenção do usuário para que ele assista. Caso contrário, ele passará sem visualizar a oferta.

Por conta do comportamento de interrupção, nem sempre o usuário possui a intenção de consumir aquele conteúdo, porém, se o anúncio for bem construído, a ação desejada pode ser realizada pelo usuário.

Um excelente exemplo é quando estamos navegando pelo Instagram e somos impactados por algum anúncio de roupa ou tênis. Nem sempre possuímos a necessidade ou a intenção de comprar aquele item.

Entretanto, o fato de a oferta ser boa, ou o anúncio chamar a atenção, acabamos clicando e indo “dar uma olhadinha” no item que nos foi ofertado. Acredite, são incontáveis as vendas que acontecem dessa forma, no impulso.

Quando utilizar o Google Ads?

Diferente do Facebook, o Google Ads é uma mídia de intenção, ao menos o Google Search (pesquisa do Google). Nele, as pessoas fazem buscas por apresentarem alguma necessidade.

Dificilmente você presenciou alguém que fez uma busca sem intenção nenhuma, nem de aprender algo sobre determinado tema. O Google serve exatamente para isso, para solucionar dúvidas e entregar soluções para os usuários.

O Google é utilizado para captar pessoas que já possuem uma mentalidade de solução ou de compra, ou seja, elas já sabem o que querem e estão utilizando o Google como fonte de informações.

Provavelmente, encontrar o cliente ideal no Google é um pouco mais fácil, porém, a parcela de pessoas que já tem consciência sobre as necessidades é bem menor do que a que ainda não sabe e pode ser impactada pelo seu negócio.

Qual é melhor?

É exatamente pelo fato de não existir uma ferramenta melhor que o gestor de tráfego precisa testá-las e entender quais são as melhores estratégias para cada um dos canais.

Ignorar algum deles é desperdiçar possibilidades e tornar os resultados menos otimizados. Por mais que seja um investimento mais modesto, para fins de teste, o gestor precisa executar campanhas em ambos para coletar dados.

Muita/pouca campanha e muitos/poucos anúncios

Este erro é um pouco mais complexo, porém, que impacta diretamente o desempenho das campanhas de anúncios, independente do canal em que elas são veiculadas.

É fundamental que a criação das campanhas seja planejada e a quantidade de anúncios seja proporcional ao orçamento despendido para determinada ação.

Quando o orçamento é menor, como uma faixa entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, o ideal é que sejam criadas entre 2 e 3 campanhas, com anúncios em uma quantidade que esteja entre 3 e 6 criativos.

Já para um orçamento mais ousado, como o de R$ 400 mil, a criação de mais campanhas, com mais criativos se torna possível, em um número que pode chegar a 50 campanhas, por exemplo.

Essa divisão faz com que os recursos sejam melhores utilizados pela ferramenta e os resultados sejam entregues de forma otimizada.

Criar poucos anúncios pode fazer com que a ferramenta não consiga testar o suficiente e gerar dados confiáveis, entregando o mesmo anúncio várias vezes para as mesmas pessoas e gerando gastos desnecessários.

Da mesma forma, criar muitos anúncios pode gerar uma distribuição excessiva da renda, fazendo com que não seja possível testar todas as variações e tornando os dados não muito confiáveis.

Conclusão

Apesar de serem erros de um gestor de tráfego extremamente comuns, estes erros afetam o desempenho das campanhas e precisam ser evitados.

Configurar e realizar as campanhas de forma completa é dever do gestor e a sua missão, de entregar os melhores resultados possíveis, pode falhar quando estes erros são cometidos.

logo v4 company blog