Antônio Gargioni
07 de junho de 2024
Nos últimos anos, o e-commerce no Brasil tem mostrado um grande crescimento. As mudanças nos hábitos de consumo, impulsionadas pela digitalização e pela conveniência das compras online, colocaram o e-commerce em uma posição de destaque no cenário varejista. Mas como esse setor cresce tanto?
O e-commerce no Brasil apresentou um crescimento exponencial, especialmente durante e após a pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as compras online dobraram de 2019 até o final de 2023.
Esse crescimento foi impulsionado pela necessidade de distanciamento social e pelo fechamento temporário de lojas físicas. Isso forçou os consumidores a adotarem as plataformas digitais.
Além disso, em 2023, o faturamento do e-commerce no Brasil atingiu R$185,7 bilhões, com um ticket médio de R$470,00. Isso representa um crescimento de 2% em relação ao ano anterior, com 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de consumidores virtuais.
Além disso, o setor de e-commerce registrou um aumento de 16,5% no número de lojas virtuais, chegando a quase 2 milhões em 2023.
A internet democratizou o acesso à informação e aos produtos. Hoje, qualquer pessoa com conexão online pode explorar uma variedade infinita de itens, desde roupas até eletrônicos.
Além disso, a conveniência de comprar sem sair de casa, a qualquer hora do dia, atraiu consumidores de todas as idades. O e-commerce eliminou barreiras geográficas e temporais.
Por conta disso, empresas podem atingir clientes em todo o mundo, independentemente de sua localização geográfica. Assim, pequenos empreendedores também se beneficiaram, encontrando um mercado global para seus produtos exclusivos.
Outro ponto que podemos destacar é que a tecnologia impulsionou o e-commerce de forma efetiva. Desde interfaces amigáveis até sistemas de pagamento seguros, a experiência do usuário melhorou significativamente. O uso de chatbots e principalmente da inteligência artificial estão transformando a maneira como interagimos com as lojas virtuais.
Porém, para os pontos de venda que planejam investir em um e-commerce, é importante olhar para o público mais jovem, de forma geral. Isso porque a geração Y (millennials) e a geração Z cresceram com a internet. Para eles, comprar online é tão natural quanto respirar.
Ou seja, as avaliações de produtos, recomendações personalizadas e principalmente influenciadores digitais moldam as decisões de compra de grande parte deles. Por isso, olhar para a estratégia de marketing digital é muito importante.
Por fim, o impacto socioeconômico também foi expressivo. O e-commerce criou empregos nas áreas de marketing digital, logística e desenvolvimento de sites. Por outro lado, lojas físicas enfrentam desafios, e o varejo tradicional precisa se reinventar.
O e-commerce pode ser visto como uma tendência passageira por muitas empresas tradicionais, mas a verdade é que é uma forma de evolução para toda loja que deseja crescer no mercado.
Os hábitos de consumo dos brasileiros passaram por uma grande transformação nos últimos anos, influenciados por uma série de fatores socioeconômicos, tecnológicos e culturais. Essa mudança tem sido um dos principais motores do crescimento do e-commerce no país.
A conveniência das compras online tem sido um dos principais atrativos para os consumidores. A capacidade de comprar produtos de qualquer lugar, a qualquer hora, sem a necessidade de se deslocar até uma loja física, atraiu muitas pessoas.
Com a expansão da internet e o alto uso de smartphones, o acesso ao e-commerce se tornou ainda mais fácil, aumentando o seu crescimento cada vez mais. Esse fator foi particularmente crucial durante a pandemia, quando muitos consumidores foram forçados a recorrer ao e-commerce devido às restrições de mobilidade.
Antes da pandemia, havia uma certa desconfiança em relação às compras online, principalmente em questões de segurança e confiabilidade dos sites. No entanto, a necessidade de usar a internet para comprar durante os períodos de isolamento social ajudou a quebrar essa barreira.
Assim, os consumidores perceberam que as plataformas digitais eram seguras e eficientes, o que aumentou significativamente a confiança no e-commerce. No Brasil, as vendas online aumentaram consideravelmente, movimentando R$450 bilhões em operações de compra e venda nos últimos três anos. Esse aumento na confiança foi essencial para a consolidação dos hábitos de compra online.
O crescimento do mobile commerce (m-commerce) tem sido um dos fatores mais influentes nas mudanças de hábitos de consumo. O uso de smartphones para realizar compras online tornou o processo muito mais simples, sendo acessado diretamente na palma da mão.
Hoje, mais de 50% das vendas online no Brasil são realizadas por meio de dispositivos móveis, demonstrando a importância desse canal para o e-commerce. Estima-se que o volume de m-commerce alcance US$ 710,4 bilhões até 2025. Essa tendência é impulsionada pela conveniência e pela busca por gratificação instantânea. Afinal, quem não gosta de fazer uma compra com apenas alguns toques na tela?
Os consumidores modernos são mais informados e exigentes. Logo, a prática de realizar pesquisas online antes de efetuar uma compra se tornou comum.
Agora, os consumidores utilizam a internet para comparar preços, verificar avaliações de produtos e conferir a reputação das lojas. Por isso é importante gerar uma boa experiência digital para o usuário em toda sua jornada de compra.
Essa mudança no comportamento de compra é facilitada pelas plataformas digitais, que oferecem todas essas informações de forma acessível e transparente. Como resultado, os consumidores chegam às lojas físicas ou finalizam suas compras online já bem informados e com decisões quase formadas.
A personalização da experiência de compra se tornou uma expectativa padrão dos consumidores, o que antes era bem diferente. Atualmente, os consumidores esperam interações personalizadas e se decepcionam quando não as encontram.
Pesquisas indicam que 71% dos consumidores esperam essa personalização, e 76% ficam desapontados quando ela não acontece. Logo, a capacidade de receber recomendações personalizadas, ofertas exclusivas e uma comunicação direta e relevante é altamente valorizada.
Para isso, o e-commerce permite que as empresas coletem e analisem dados de seus clientes, sendo possível oferecer uma experiência de compra adaptada às preferências individuais. Essa personalização é um diferencial competitivo importante no mercado atual, fazendo com que o setor de e-commerce tenha um crescimento muito acelerado.
A omnicanalidade, ou seja, a integração de diversos canais de venda e comunicação, é uma característica fundamental do novo hábito de consumo. Os consumidores esperam uma experiência fluida e consistente, independentemente de estarem comprando online, por meio de aplicativos móveis ou em lojas físicas.
Por consequência, as empresas que conseguem integrar esses canais de forma eficaz, oferecendo opções como retirada na loja, devoluções facilitadas e atendimento ao cliente em múltiplas plataformas, têm uma vantagem competitiva significativa.
mesmo dia ou no dia seguinte para muitos produtos, aumentando a satisfação do cliente.
Todas essas mudanças fazem com que o e-commerce siga crescendo em um ritmo acelerado. Enquanto isso, outros setores varejistas mostraram uma recuperação mais lenta pós-pandemia. Segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG), a Taxa Composta de Crescimento Anual (CAGR) para o e-commerce global até 2027 é de 9%, mais que o dobro do crescimento planejado para as lojas físicas, que é de 4%.
Essa diferença pode ser atribuída à mudança permanente nos hábitos de consumo, onde os consumidores agora preferem a conveniência das compras online. Por isso, estar constantemente estudando o comportamento do consumidor é essencial para gerar resultados.
De acordo com as previsões, o e-commerce global continuará a crescer, com a expectativa de que 41% das vendas totais do varejo até 2027 sejam realizadas no ambiente digital. No Brasil, o setor já ultrapassou a marca de 10% das vendas totais do varejo e, em alguns segmentos, esse percentual supera os 50%.
Para agregar a isso, o marketing modular está surgindo como uma estratégia poderosa que pode impulsionar ainda mais o crescimento do e-commerce. Mas o que é marketing modular?
O marketing modular usa uma abordagem flexível onde se criam os elementos de marketing (como anúncios, conteúdos, e-mails) em blocos que podem ser combinados e recombinados para diferentes campanhas e canais. Essa metodologia permite uma personalização mais eficiente e uma resposta mais ágil às mudanças do mercado. Para saber mais, acesse: O que é marketing modular? Conheça a nova abordagem do marketing.
A capacidade de personalizar ofertas e comunicações de forma rápida e eficaz é crucial. Dessa forma, o marketing modular permite que as empresas adaptem suas mensagens para diferentes segmentos de consumidores sem a necessidade de criar novos materiais do zero.
Além disso, em um mercado que está mudando a cada segundo, a capacidade de reagir rapidamente às mudanças é fundamental. O marketing modular facilita a criação e a modificação de campanhas, melhorando a eficiência operacional.
As agências de marketing surgem como uma solução operacional, mas o fato de elas focarem apenas na operação, desfalca a estratégia. Para solucionar isso, a V4 Company surgiu com a assessoria modular, aplicando estratégias eficazes em todos os setores essenciais para gerar resultados efetivos no digital.
Sendo assim, a projeção de um crescimento contínuo até 2027 indica que o e-commerce está longe de atingir seu pico. Por isso, aplicar estratégias eficientes é essencial para se manter em constante adaptação em um mercado tão competitivo. Para conhecer a V4 Company e entender como podemos impulsionar seu negócio, assista: