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Antônio Gargioni

Antônio Gargioni

10 de setembro de 2023

Estratégia da Amazon para conquistar o comércio eletrônico e as indústrias de tecnologia em todo o mundo

A estratégia da Amazon é uma das mais bem-sucedidas do mercado. Por conta disso, a Amazon se tornou uma das maiores empresas do mundo. Nesse artigo, vamos entender melhor sobre como a empresa saiu de uma garagem para o mundo.

A história da Amazon

A Amazon iniciou suas operações na garagem dos pais de Jeff Bezos em Washington como uma livraria online. No entanto, Bezos tinha outros planos. Embora analistas de negócios duvidassem do negócio dele, a empresa prosperou contra todas as probabilidades.

A história da Amazon tem um grande destaque em investir em crescimento a longo prazo em vez de lucros a curto prazo. Essa foi a principal estratégia da empresa para se tornar o maior varejista de e-commerce nos Estados Unidos.

O modelo de negócio inicial de Jeff Bezos

Certo dia, Jeff Bezos leu um artigo de pesquisa que projetava um crescimento anual da Web de 2300%. Ele sabia que sua ideia de vender produtos online seria um sucesso.

Então, em uma decisão arriscada, Bezos deixou sua carreira de alto nível como vice-presidente de uma conhecida empresa de Wall Street. A partir disso, se mudou para Washington em 1994 para tornar seu sonho de negócio de e-commerce uma realidade.

Primeiro, esse novo empreendimento precisava de um nome. Após tentar diferentes nomes como Relentless e Cadabra (como em abracadabra), Bezos eventualmente decidiu usar Amazon. O nome era perfeito porque o Amazon é o maior rio do mundo e Bezos estava determinado a transformar seu negócio na maior loja online do mundo.

Contudo, como todo e-commerce, ele precisava de um produto para vender. Então, fez algumas pesquisas, criando uma lista dos cinco itens mais lucrativos para vender online, incluindo hardware de computador, software, filmes, livros e música. Ele escolheu livros porque havia uma enorme demanda no mercado global por todos os tipos de literatura.

As mudanças necessárias

Além disso, havia uma grande coleção de títulos impressos que poderiam ser vendidos online a preços acessíveis. Portanto, os livros eram um produto vencedor porque tinham todos os pontos de venda necessários: demanda global, grande oferta e baixo custo por unidade.

Por fim, o empresário precisava de um local para o seu novo negócio. Ele decidiu que Seattle era o melhor local devido ao seu grande mercado de trabalho de alta tecnologia e proximidade a um grande centro de distribuição de livros.

Além disso, o estado de Washington não cobrava imposto sobre vendas, então ele poderia vender livros online a preços baixos. Tudo isso sem cobrar impostos adicionais de seus clientes.

Com tudo organizado, Bezos agora voltou sua atenção para o desenvolvimento do elemento mais crucial de seu empreendimento online: o site da Amazon. Sendo assim, trabalhou em colaboração com desenvolvedores de software para construir o site e envolveu amigos e familiares para testar o site fazendo pedidos fictícios.

A estratégia da Amazon na indústria dos livros

Com capacidade para armazenar mais de um milhão de livros, a Amazon.com finalmente abriu para negócios em julho de 1995 e rapidamente se tornou o site online mais popular para livros. Assim, a equipe da Amazon dedicou atenção aos detalhes e criou um site fácil de usar que logo conquistou clientes nos EUA e no exterior.

Dessa forma, os clientes só precisavam inserir o título do livro e o software da Amazon procuraria em todo o banco de dados e exibiria os títulos na tela do cliente, com a opção de pagamento por cartão de crédito. Os livros seriam entregues em poucos dias pelo correio. 

Era uma ideia revolucionária. Nunca antes os clientes tiveram acesso a um site onde pudessem comprar praticamente qualquer livro, desde didáticos até romances.

A Amazon era tão popular que em apenas um mês havia recebido pedidos de todos os 50 estados dos EUA e de 45 países ao redor do mundo. Além disso, a empresa tinha apenas 11 funcionários na época, que embalavam os livros manualmente e revezavam para enviá-los aos clientes.

Quais foram os próximos passos?

Até 1996, a empresa faturou líquido de US$511.000 em vendas. Era evidente que a Amazon precisava de um armazém maior para manter o impulso. Portanto, Bezos mudou a sede da Amazon para o centro de Seattle, que servia como área de envio e recebimento da empresa, bem como escritório de suporte ao cliente.

O novo armazém tinha cerca de 2000 livros em estoque de cada vez, ao contrário de grandes concorrentes como Barnes and Nobles. Em vez disso, a Amazon trabalhava diretamente com atacadistas e editoras para fornecer livros em todo o mundo.

O modelo de negócios era simples. Os clientes podiam fazer um pedido diretamente à Amazon para as editoras filiadas. A Amazon receberia os livros das editoras e os enviaria aos clientes.

O site da Amazon

A Amazon também se esforçou para tornar seu site o mais amigável possível. Como dito anteriormente, o site tinha um mecanismo de busca poderoso para exibir rapidamente os títulos disponíveis.

Além disso, o catálogo era organizado por tópicos, com categorias separadas para títulos premiados e best-sellers. Isso facilitou muito a navegação para os clientes, que podiam descobrir com facilidade todos os títulos disponíveis em sua área de interesse.

O site também recomendava livros com base nas preferências do usuário, compras anteriores e hábitos de leitura. Além disso, era possível fazer comentários e avaliações sobre os livros que os leitores haviam lido. Isso ajudava (e ainda ajuda) pessoas que pretendiam comprar os produtos.

No final de 1996, as vendas da Amazon saltaram para US$15,7 milhões. Desde então, ela expandiu seu catálogo de livros para incluir mais de 2,5 milhões de títulos. Bezos também mudou a empresa para um armazém maior de 93.000 pés (28,35 km) quadrados no centro de Seattle para acompanhar a alta demanda dos consumidores.

A estratégia de crescimento da Amazon

Em 1997, a Amazon abriu seu capital com uma oferta pública inicial de três milhões de ações ordinárias. A oferta gerou US$54 milhões, e Bezos usou os recursos para impulsionar o crescimento nos próximos quatro anos.

Dessa maneira, ele lançou uma nova instalação de distribuição em Delaware e expandiu o centro existente em Seattle em 70%. A nova instalação deu à Amazon mais acesso a editoras e clientes da Costa Leste. Além disso, a mudança também aliviou a carga sobre a instalação existente e reduziu os prazos de entrega ao melhorar as capacidades de estoque e envio da empresa.

Com um sistema de distribuição aprimorado em funcionamento, a Amazon se propôs a atingir 95% de envio no mesmo dia para pedidos em estoque. A empresa fez isso entregando livros aos clientes mais rapidamente do que nunca.

A estratégia de parcerias da Amazon

Além disso, o programa de Associação da Amazon também impulsionou o crescimento da empresa. A Amazon fez parcerias com blogueiros que tinham seus próprios sites. Dessa forma, os blogueiros exibiam anúncios de seus livros favoritos em seus sites e os visitantes desses sites eram direcionados para a Amazon.com se quisessem comprar o título.

Esses blogueiros recebiam uma comissão de 3-8%, então era uma situação vantajosa para todas as partes. O programa ganhou força em meados de 1997, quando a Amazon conseguiu a adesão da Yahoo Inc. e da America Online Inc. As duas empresas concordaram em permitir que a Amazon promovesse seus livros em seus sites, que recebiam a maioria dos visitantes da internet nos EUA.

A iniciativa deu à Amazon maior visibilidade no espaço de e-commerce dos EUA. Mais blogueiros continuaram a aderir, e até 1998 o programa de Afiliados tinha mais de 60.000 indivíduos anunciando os livros da Amazon em seus sites. Segundo a Statista, em 2022, a Amazon dominou o setor, tendo 37.8% de market share no e-commerce nos EUA.

A Amazon também se aventurou no mercado internacional em 1998, adquirindo livreiros na Alemanha e no Reino Unido. A Amazon adquiriu a empresa de livros online do Reino Unido, Bookpages, e a empresa alemã Telebook para obter acesso a clientes na Europa. As aquisições também deram aos clientes existentes da Amazon acesso a uma seleção de livros mais ampla.

A Amazon se tornando a “loja de tudo”

Bezos sempre planejou transformar a Amazon em uma ‘loja de tudo’, então ele não ia parar apenas nos livros. Em 1998, a Amazon adquiriu o Internet Movie Database (IMD) para ajudar a vender vídeos e filmes. 

O IMD era um tesouro de informações sobre todos os tipos de filmes. Isso ajudou a Amazon a criar um site fácil de usar onde os usuários podiam encontrar todas as informações relevantes sobre o filme que desejavam comprar.

Em 1998, a Amazon também lançou sua loja de música, que tinha mais de 125.000 títulos de música disponíveis. A interface do novo site de música foi desenvolvida com a ajuda de músicos profissionais. 

O novo site tinha muitos dos mesmos recursos úteis do site original de livros da Amazon e os usuários podiam buscar música pelo título da música ou pelo artista. Assim, os usuários também podiam ouvir 225.000 trechos de som no novo site da Amazon antes de selecionar qual música comprar.

Até 1999, a Amazon tinha mais de 3 milhões de contas de clientes e introduziu brinquedos e eletrônicos em seu catálogo de produtos. Também reformulou seu site para facilitar a busca de itens específicos pelos clientes.

Portanto, cada loja foi colocada em uma guia separada para que os clientes pudessem navegar facilmente pelo site e encontrar o produto desejado. A iniciativa deu certo e as vendas chegaram a US$1,6 bilhão no final da temporada de férias em 1999.

A estratégia de aquisição da Amazon

O novo milênio trouxe novos desafios e oportunidades para o gigante do comércio eletrônico em crescimento de Bezos. Aqui, vamos descobrir como a Amazon sobreviveu à queda das empresas ponto com e transformou seu impressionante crescimento em lucros de milhões que encantaram os investidores.

A principal estratégia da Amazon para aumentar a rentabilidade

A Amazon iniciou o novo milênio assinando acordos lucrativos com os varejistas Target e America Online Inc. A empresa também expandiu sua seleção de produtos e incluiu itens da Borders Group, Toys “R” Us e Circuit City Stores Inc.

Os preços acessíveis da Amazon e o catálogo de produtos em expansão ajudaram a empresa a atrair clientes. Por conta disso, as vendas subiram para US$3,1 bilhões em 2001. Pela primeira vez em sua história, a Amazon registrou um lucro líquido de US$5 milhões.

Isso apenas demonstra que a obsessão da Amazon em atender e superar as demandas dos consumidores estava valendo a pena. Isso ajudou a empresa a sobreviver à crise econômica que levou à falência de outras empresas online.

Uma “nova marca”

Além disso, a Amazon se “rebrandeou” com um novo logotipo para celebrar sua crescente rentabilidade e sua transição oficial para uma ‘loja de tudo’. Foi o nascimento do icônico logo do sorriso que todos os pacotes da Amazon ostentam com orgulho até hoje.

O novo logo tinha uma seta sob o nome da empresa indo de A a Z para destacar que a Amazon oferece praticamente todos os itens que os clientes poderiam querer.

Em 2002, a Amazon começou a vender roupas online de marcas como The Gap e Land’s End. A empresa fez parceria com mais de 400 marcas de vestuário para apresentar uma ampla gama de roupas em seu site, para atrair consumidores com gostos diversos.

A criação da AWS como uma forma de gerar lucro

Em 2003, a empresa começou a desenvolver sua plataforma de hospedagem na web chamada Amazon Web Services (AWS). Essa foi uma tentativa de tornar a empresa ainda mais lucrativa.

A AWS fez parcerias com grandes varejistas como Borders e Target para se tornar uma das maiores empresas de hospedagem na nuvem do mercado. Inicialmente, fornecia a varejistas e desenvolvedores de sites padrões de tráfego na Internet e estatísticas de popularidade de sites. 

No entanto, em 2006, a AWS lançou seu serviço de armazenamento de dados chamado Simple Storage Service (S3) para entidades comerciais. Outras empresas podiam armazenar seus arquivos na ‘nuvem’ da Amazon sem precisar construir seu próprio sistema de armazenamento de dados.

Apenas um ano após o lançamento, o serviço S3 continha mais de 10 bilhões de arquivos e esse número havia chegado a 905 bilhões em 2012. Atualmente, a AWS domina o setor de hospedagem em nuvem, tendo 34% de market share.

Principais aquisições da Amazon

Em 2003, a Amazon também adquiriu o varejista de música online CD Now para oferecer aos seus usuários uma seleção mais ampla de títulos musicais. Além disso, expandiu sua seleção de produtos incluindo equipamentos esportivos, itens de cuidados pessoais e até alimentos gourmet na nova linha.

No mesmo ano, a Amazon faturou US$3,9 bilhões em vendas  e registrou um lucro anual de US$35,5 milhões.

Já em 2004, a Amazon investiu US$75 milhões para adquirir o varejista online chinês Joyo e ganhar acesso ao mercado chinês. Em breve, a Amazon estava vendendo todo tipo de itens, como livros, música e vídeos para consumidores chineses por meio do site Joyo.

Em 2005, a empresa introduziu o Amazon Prime nos EUA para que os clientes pudessem desfrutar de frete grátis em dois dias por uma pequena assinatura anual de US$79. Com o Prime, os clientes podiam receber seus pacotes mais rapidamente, e como resultado, as vendas dispararam, com mais de 100 milhões de itens vendidos até o final de 2005.

E em 2007, lançaram seus primeiros leitores de e-books na forma dos revolucionários dispositivos Kindle. Posteriormente, os dispositivos despertaram um novo interesse dos consumidores por livros digitais e esgotaram em questão de horas.

No ano seguinte, a Amazon adquiriu a Audible.com por US$300 milhões. Também adquiriu a AbeBooks.com e a BoxOfficeMojo.com em 2008. No ano seguinte, a empresa adquiriu a Zappos, uma loja online de roupas e calçados, por US$1,2 bilhão.

Mas, por que a Amazon adquiriu tantas empresas?

A resposta é simples. A estratégia da Amazon sempre foi centrada no que o cliente deseja. Então ela adquire empresas que podem ajudá-la a atender diversas demandas dos consumidores a longo prazo.

Adquirir varejistas de música, lojas de roupas online e uma empresa de audiolivros ajudou a Amazon a entrar em diferentes mercados. Assim foi possível fazer a transição de uma varejista de terceiros para uma loja online que vendia diretamente todos os tipos de produtos para seus clientes.

Como a Amazon alcançou um valor de mercado de US$1 trilhão

Em 2010, a Amazon registrou um faturamento trimestral de US$13 bilhões em vendas líquidas. Nessa época, a empresa já havia percorrido um longo caminho desde suas origens humildes na garagem de Bezos. Mas a Amazon estava apenas começando.

A empresa traçou um plano ambicioso para melhorar sua participação no mercado de varejo físico. Ou seja, introduziu novas tecnologias inovadoras e reduziu seus custos operacionais para melhorar a lucratividade a longo prazo.

Estratégia da Amazon para reduzir custos operacionais

Em 2012, a Amazon adquiriu uma empresa de robótica chamada Kiva Systems por US$775 milhões. Essa empresa fabricava robôs capazes de mover pacotes de até 700 libras de um lugar para outro.

A Amazon aproveitou os novos robôs adquiridos em muitos de seus armazéns para automatizar as tarefas de atendimento de inventário. Os robôs automatizaram o armazenamento de mercadorias nos armazéns da Amazon. 

Dessa forma, esse novo sistema ajudou a Amazon a reduzir seus custos operacionais em 20% e a obter uma vantagem sobre empresas concorrentes de e-commerce. Isso acabou tornando todo o processo de inventário mais eficiente e sem erros.

Em 2015, a Kiva foi renomeada para Amazon Robotics. A empresa continua desenvolvendo novos robôs que são facilmente programáveis e podem funcionar como unidades de transporte portáteis. Os modelos mais recentes podem transportar pacotes com peso de quase 1300 quilogramas.

Graças a esses robôs, a Amazon agora pode entregar pacotes aos clientes mais rapidamente do que nunca. E assim, os robôs tornam o armazenamento livre de acidentes e ajudam os armazéns da Amazon a lidar com o enorme volume de remessas que recebem todos os dias.

Diversificação do portfólio de produtos da Amazon

Em 2014, a Amazon adquiriu a Twitch Interactive, uma empresa de transmissão de jogos de vídeo. Essa aquisição ajudou a Amazon a melhorar seus produtos de jogos. A movimentação também permitiu à empresa acessar um novo grupo de clientes em busca de equipamentos de alta qualidade para jogos.

Além disso em 2014, a Amazon lançou a Alexa, assistente virtual que funciona com software de síntese de voz. A mesma tecnologia é usada no alto-falante inteligente Amazon Echo e no Echo Dot.

Hoje, milhões de casas, hotéis, escritórios e carros utilizam os dispositivos Alexa para executar uma variedade de tarefas que tornam a vida diária das pessoas mais fácil. Assim, os usuários podem automatizar suas casas usando a Alexa e usá-la para controlar remotamente as luzes e o termostato. 

Além disso, o dispositivo pode ser usado para encomendar produtos na Amazon para entrega em casa. A Alexa também torna as viagens diárias mais agradáveis para centenas de pessoas que vão ao escritório. O dispositivo estima o tempo de viagem, fornece atualizações de notícias e reproduz a música favorita do usuário enquanto dirige.

Em 2015, a Amazon renomeou sua plataforma de entretenimento para Amazon Video. Dessa maneira, a plataforma exibia programas originais da Amazon e também fornecia acesso a programas produzidos pela Nickelodeon, HBO e Cinemax.

Aumento da participação de mercado no varejo físico da Amazon

Em 2015, as primeiras livrarias físicas da Amazon abriram em Seattle, com pessoas formando filas ao redor do quarteirão esperando a chance de explorar as novas lojas. Era um hype fora do padrão, e isso já mostrava que a empresa era diferente.

Dois anos depois, a Amazon entrou no setor de alimentos adquirindo todas as 471 lojas Whole Foods nos EUA. Nesse sentido, isso deu aos clientes da Amazon existentes descontos especiais se fizessem compras nas recém-adquiridas lojas Whole Foods.

Mas a empresa estava apenas começando. Em 2018, a Amazon abriu as lojas Amazon Go, apelidadas de ‘futuro do varejo’ por observadores do NY Times e CNN. As novas lojas prometiam a experiência definitiva de loja de conveniência, sem filas ou caixas. Basta pegar seus itens e ir, dizia a Amazon aos seus clientes.

A estratégia de inovação da Amazon

Como a empresa foi capaz de criar uma experiência tão única para o cliente? A resposta, em poucas palavras, é inovação tecnológica. As lojas Amazon Go são completamente sem caixa e sem estações de autoatendimento.

A experiência de compra é completamente simplificada. Os clientes só precisam baixar o aplicativo Amazon Go em seus smartphones e vincular o aplicativo às suas contas. Dessa maneira, as prateleiras são equipadas com sensores que monitoram quais itens são retirados.

À medida que o cliente sai da loja com seus itens, a transação é cobrada na conta vinculada. Os recibos são gerados imediatamente no aplicativo para que os clientes possam ver quanto foram cobrados por cada item.

As lojas Amazon Go ajudaram a consolidar a presença da Amazon no setor de varejo físico. A participação atual da empresa no varejo físico é de 2,4%. Por isso, ela planeja lançar mais lojas físicas, incluindo uma loja de roupas chamada Amazon Style.

A estratégia da Amazon para lidar com a Covid-19?

A pandemia interrompeu as cadeias de suprimentos em todo o mundo. Mesmo a Amazon, com sua rede logística de ponta a ponta, sentiu a interrupção em suas cadeias de suprimentos.

A empresa também teve que correr para adaptar suas operações diárias para manter seus funcionários de armazéns e equipe de entrega seguros sem reduzir o ritmo de trabalho. Já que os clientes estavam contando com a empresa, essa era a solução viável.

No entanto, a Amazon conseguiu sair da crise mais forte do que nunca. A empresa incentivou todos os trabalhadores de linha de frente em seus armazéns a se vacinarem, iniciando um esquema de bônus. Os trabalhadores que se vacinaram cedo foram recompensados com prêmios em dinheiro todas as semanas.

Além disso, a empresa prestou muita atenção às necessidades urgentes dos consumidores e lançou rapidamente um kit de auto-teste para o coronavírus. Assim, as pessoas poderiam se testar com segurança em suas próprias casas.

Em 2021, uma equipe de engenheiros da Amazon também criou uma nova máscara facial chamada Amazon PerfectFit Mask, que combina as vantagens de uma N95 com o conforto de uma máscara de pano. Assim, a equipe da Amazon a projetou para reduzir a inalação de gotículas de água que poderiam potencialmente transportar o coronavírus.

A crise colocou em destaque a adaptabilidade e durabilidade do modelo de negócios da Amazon. Embora a pandemia possa ter surpreendido a gigante do e-commerce, a empresa voltou aos trilhos em apenas alguns meses e realizou entregas pontuais para milhões de clientes.

Assim, o foco da Amazon na diversificação de produtos finalmente deu frutos em 2018, quando as ações atingiram o valor de mercado de US$1 trilhão. Sua busca por inovação e novos mercados para diversificar seus produtos é o segredo por trás de seu fenomenal valor de mercado.

Estratégia de transformação digital da Amazon

A Amazon está aproveitando o poder do digital para aprimorar suas técnicas de marketing, a fim de alcançar mais clientes e fornecer recomendações personalizadas.

Essa transformação digital também está ajudando a empresa a tornar as entregas no mesmo dia uma realidade, proporcionando aos clientes a melhor experiência de compra possível.

A estratégia de marketing agressivo da Amazon

A chave para o sucesso da Amazon como o maior varejista de comércio eletrônico do mundo é sua estratégia de marketing agressivo. A empresa possui diversas ferramentas de marketing digital em seu arsenal que a ajudaram a se destacar desde o início da Amazon.

A Amazon presta atenção em quatro principais fatores ao vender produtos online: produto, preço, lugar e promoção. Uma grande variedade de ofertas de produtos é o que mantém a Amazon à frente da concorrência. Os clientes adoram o fato de poderem comprar quase qualquer item em uma única visita à Amazon, em vez de ir a várias lojas online para comprar diferentes produtos.

Além disso, a empresa presta atenção ao ponto de preço. Ela utiliza uma estratégia chamada precificação de valor para atribuir preços aos seus produtos de acordo com o valor atribuído pelos clientes. Assim, um produto vale o que os clientes estão dispostos a pagar por ele.

O tráfego da Amazon como uma estratégia de marketing

A empresa também utiliza diferentes tipos de estratégias promocionais para divulgar seus produtos. A Amazon utiliza otimização de SEO (Search Engine Optimization, área muito usada no marketing digital) para garantir que suas páginas da web tenham uma classificação mais alta nos mecanismos de busca, como o Google Chrome.

A Amazon também utiliza uma técnica de publicidade “pague por clique” ao promover seus produtos em sites afiliados da Amazon. Além disso, os afiliados recebem uma pequena porcentagem em taxas de comissão cada vez que um visitante clica em um anúncio em seu blog e é redirecionado para o site da Amazon.

Além disso, eles contam com o conteúdo gerado pelos usuários para promover seus produtos. Os clientes muitas vezes confiam em avaliações escritas por outros compradores em vez de anúncios regulares, e ninguém sabe disso melhor do que a Amazon. 

Portanto, o conteúdo gerado pelos usuários, como classificações e avaliações, sempre foi um componente integral da estratégia de marketing da Amazon.

O uso de ferramentas digitais, como otimização de SEO, testes de CRO e conjuntos de dados de varejo, são bons exemplos de como a transformação digital pode ajudar uma empresa a comercializar com sucesso seus produtos para clientes em todos os cantos do globo.

Os planos futuros da Amazon

A Amazon planeja transformar digitalmente suas operações, especialmente seu sistema logístico, para reduzir os tempos de entrega para os clientes. A empresa é conhecida por seu serviço de entrega Prime de dois dias, mas agora planeja reduzi-lo para um dia.

A equipe da Amazon está desenvolvendo uma série de tecnologias, algumas das quais serão implantadas em 2022.

A estratégia de transformação digital envolve:

Serviços de entrega por drones

Eles podem transportar pacotes com até 5 libras. Ademais, os drones são equipados com tecnologia de detecção e desvio, o que significa que podem voar até seu destino sem supervisão humana.

Cerca de 85% dos pacotes da Amazon pesam menos de 5 libras, então a empresa planejava começar a entregar muitos de seus pacotes por drone a partir de 2022, e assim foi. Atualmente, a empresa entrega em duas cidades nos Estados Unidos: Lockeford na Califórnia e College Station no Texas.

Amazon Scout

Em segundo lugar, a empresa está trabalhando ativamente com os clientes para desenvolver o Amazon Scout, que é um serviço de entrega autônoma. Os dispositivos Scout são totalmente elétricos, reduzindo assim a pegada de emissões das entregas da Amazon. É uma maneira sustentável de atender às necessidades de entrega de última milha.

Os robôs Scout também estão tornando as entregas mais baratas, reduzindo os custos operacionais da rede logística da Amazon, pois a empresa pode substituir vans regulares por esses robôs de entrega elétricos.

Robin

Finalmente, a empresa desenvolveu um braço robótico chamado Robin para classificar pacotes nos armazéns e transportá-los para os cais de carga para a equipe de entrega. Dessa maneira, o Robin responde a estímulos em mudança em tempo real e pode diferenciar entre pacotes de tamanhos, formas e cores variadas.

O robô está aprendendo continuamente, portanto, sua capacidade de reconhecer um pacote e entregá-lo ao cais de carga certo está aumentando dia a dia, sem a necessidade de supervisão humana. O Robin atualmente está implantado apenas em armazéns limitados.

Próximos investimentos

Além do desenvolvimento de tecnologias originais, a empresa deseja acompanhar as novas invenções de startups que possam ajudar no negócio principal da Amazon. Portanto, a Amazon planeja estabelecer parcerias estratégicas com essas empresas, fornecendo-lhes fundos de investimento.

Em 2022, a Amazon anunciou planos de investir US$1 bilhão em empresas que desenvolvam novas tecnologias para os setores de logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. Os investimentos ajudarão a Amazon a explorar tecnologias emergentes que podem tornar as compras online mais rápidas e convenientes.

Afinal, por que a Amazon é tão bem-sucedida?

A trajetória impressionante da Amazon provocou a admiração de investidores e consumidores. Graças ao seu compromisso com a pesquisa e inovação, a Amazon se tornou líder no mundo do varejo e computação em nuvem.

A seguir, vamos dar uma olhada na missão e nos valores da Amazon que impulsionaram o crescimento da empresa e a ajudaram a ter um impacto duradouro na vida de milhões de clientes.

Missão da Amazon

A missão da Amazon é se tornar a empresa mais centrada no cliente do mundo. Seu objetivo é fornecer aos compradores da Amazon uma seleção de produtos de classe mundial que podem ser entregues em 24 horas.

A empresa também está inovando constantemente para desenvolver dispositivos como a Alexa para tornar a vida cotidiana das pessoas mais fácil. Além disso, a Amazon tem como objetivo fornecer o melhor entretenimento por meio de múltiplos canais, como Prime Video, Audible e Twitch.

Por outro lado, a AWS, tem como objetivo se tornar uma provedora global de serviços de computação em nuvem. A empresa já oferece mais de 200 serviços, incluindo computação, armazenamento, bancos de dados, análises, redes, ferramentas de desenvolvedor móvel e aplicativos empresariais. 

Assim, o objetivo é tornar esses serviços mais acessíveis a startups e setores em todos os países do mundo.

Valores da Amazon

A Amazon se inspira em quatro valores orientadores:

  • Obsessão pelo cliente em vez de foco no concorrente
  • Paixão pela invenção
  • Compromisso com a excelência operacional
  • Pensamento de longo prazo

A Amazon sempre se concentrou no que os clientes desejam, em vez de observar o que os concorrentes estão fazendo. Portanto, a empresa inicia seu processo de inovação após identificar o que o cliente deseja, em vez de criar produtos e depois tentar vendê-los.

Além disso, a equipe da Amazon também trabalha excepcionalmente duro para apresentar resultados. Dessa forma, a empresa capacita seus funcionários a assumirem a responsabilidade pelo trabalho que fazem e a pensar nos resultados a longo prazo, em vez de ganhos de curto prazo.

A estratégia da Amazon aplicada a sua empresa

Sabemos que simplesmente replicar a Amazon não é algo viável e nem possível atualmente. O ponto é: para se manter no mercado – principalmente entre os melhores –, é preciso investir em um time especializado para gerir estrategicamente a empresa ao sucesso.

Isso é, seja em uma equipe externa ou interna, a necessidade de possuir profissionais dedicados a trabalhar para a inovação e gerenciamento de estratégias da empresa é algo totalmente vital. Atualmente, vemos muitas assessorias e agências de marketing oferecendo serviços digitais, mas nem sempre todas geram resultados realmente palpáveis.

Isso se dá ao fato de que agências, principalmente, atuam com foco único e exclusivo ao operacional, deixando de lado a parte estratégica. Porém, a parte estratégica é tão essencial quanto a operacional, uma complementa a outra.

Pensando nisso, Dener Lippert fundou a V4 Company, a maior assessoria de marketing do Brasil. Através do Método V4, a empresa foca estrategicamente em 4 pilares importantes de cada negócio: tráfego, engajamento, conversão e retenção.


Portanto, para saber mais sobre a V4 Company, assista ao vídeo:

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