Antônio Gargioni
16 de agosto de 2024
A análise de dados é a interpretação de números, os quais podem ser de vendas, contratações, carrinhos abandonados, casas alugadas, ebooks vendidos, mentorias contratadas, enfim, tudo que puder ser mensurado vira um dado.
Desse grande montante, são extraídos os insights de melhorias de negócio. Estamos na era dos dados – Business Intelligence – e quem entende como tratá-los consegue chegar ao sucesso. Quer entender mais? Continue a leitura.
Toda análise tem um objetivo, correto? Bom, a coleta de informações pode ser feita de quatro maneiras diferentes, como descreve Thomas H. Davenport, Jeanne G. Harris e Robert Morison¹:
Imagine que você possa usar informações sobre o que já aconteceu para prever o que pode ocorrer no futuro. Isso é análise preditiva. Ela é muito valorizada porque ajuda as empresas a evitar problemas e aproveitar oportunidades. Para fazer isso, você precisa coletar informações de diferentes lugares e combinar esses dados para obter novas ideias que ajudem a prever tendências e resultados.
Essa análise parece com a preditiva, mas tem um objetivo diferente. Ela não tenta adivinhar o que vai acontecer, mas sim entender as consequências de ações específicas. O foco é descobrir as melhores ações a tomar, com base em informações já conhecidas, para melhorar os resultados da empresa.
Aqui, o foco está em olhar para os dados momentâneos para responder perguntas imediatas. Essa análise ajuda a tomar decisões no presente, sem preocupação com previsões futuras. Como o nome sugere, é apenas uma descrição do que acontece.
Essa análise vai mais fundo em uma situação específica para entender melhor o que acontece. Por exemplo, ela pode ser usada para entender o comportamento dos consumidores ou para melhorar as estratégias de marketing e vendas. Com os dados coletados, essa análise ajuda a planejar melhor as ações empresariais e revela tendências e informações importantes.
Essas linhas de raciocínio de análise são como guias que ajudam você a entender melhor o passado, o presente e o futuro, além de auxiliar na tomada de decisões inteligentes e estratégicas no mundo do marketing.
“Os melhores pensamentos da vida de uma pessoa devem ser dados à interpretação dos dados brutos e à compreensão das relações que eles indicam.” – John Turkey, matemático americano, amplamente reconhecido por suas contribuições à análise de dados e à estatística.
Nate Silver, fundador do FiveThirtyEight e conhecido por análises políticas, esportivas e econômicas, diz em suas palestras: “para fazer uma boa previsão, três coisas são necessárias: dados, uma boa teoria sobre como o mundo funciona e o conhecimento de como os dados são gerados”.
Saber de onde vêm os dados é fundamental. Eles podem vir de pesquisas, interações em redes sociais, compras online e até mesmo através de formulários que as pessoas preenchem.
No mundo online, entenda como o Google Analytics mensura os eventos, o que o Google Search Console considera como impressão, clique e posição média, veja como os cookies são apresentados ao usuário e suas regras. Enfim, investigue como eles são acionados.
Entender como funciona a coleta de dados garante informações confiáveis e mais realistas.
Também é importante saber como a própria fornecedora de dados calcula e chega no resultado apresentado. Leia fórmulas, compare softwares diferentes, entenda como os dados são tratados até chegar à sua tela.
Depois, aprenda a limpar dados irrelevantes ou incorretos e usar ferramentas estatísticas para entender tendências e padrões. Quanto melhor você tratar e medir seus dados, mais precisas serão suas análises.
Os dados muitas vezes refletem como as pessoas agem no mundo real. Por exemplo, se alguém pesquisa frequentemente por academias, isso pode indicar um interesse em saúde e fitness.
Compreender essas ações pode ajudar a criar campanhas de marketing que falam diretamente aos interesses e necessidades do público.
Se coloque no lugar do consumidor, pare e pense sobre suas próprias atitudes diante de um produto e o que você faria.
Imagine como seria para outra pessoa, alguém que tenha uma realidade totalmente diferente da sua. Para que tudo isso? Para entender como entregar a melhor experiência ao consumidor final. E, claro, faça testes A/B.
Olhar para diferentes mercados pode dar insights valiosos. Por exemplo, as estratégias que funcionam para moda podem não ser eficazes para produtos de tecnologia.
Analise como a persona de cada nicho gosta de consumir. Um site de maquiagem é delicado, ao passo que um site de material de construção precisa ser mais bruto. Mas o site de make tem uma opção de visualizar o antes e depois, será que é possível adaptar ao outro nicho?
São ideias que já existem, não precisam ser criadas, apenas adaptadas. Comparar como diferentes nichos operam pode ajudar a identificar oportunidades únicas para suas campanhas ou adaptar estratégias bem-sucedidas de um nicho para outro.
Manter-se atualizado com o que acontece local e nacionalmente pode fornecer contextos importantes para suas estratégias de marketing.
As vendas caíram? Às vezes o problema não é o produto, Pode ser apenas um apagão ou feriado em São Paulo.
As tendências de consumo podem mudar com base em eventos atuais, e entender essas mudanças permitir que você ajuste rapidamente suas campanhas para serem mais relevantes e oportunas.
Essas dicas ajudam a construir uma base sólida para usar dados de maneira eficaz em suas estratégias de marketing. E se você gostou e quer mais pílulas do conhecimento, acesse também estes conteúdos sobre métricas: